Em entrevista ao Semanário SOL, o ministro da Economia, Pires de Lima, critica as negociações que o PS tem vindo a realizar com os partidos de Esquerda - BE e PCP - considerando que é apenas "o instinto de sobrevivência" que os une para a criação de "uma aliança antidemocrática".
Para o ministro, "o mínimo que se pode esperar de uma democracia" é que "o candidato a primeiro-ministro que manifestamente ganhou as eleições seja o futuro primeiro-ministro", pelo que, António Costa o que deveria ter feito era "assumido as suas responsabilidades [pela derrota] e iniciado, ele próprio, um período de clarificação dentro do PS".
"António Costa anda a brincar com o fogo e devia ter a noção de que três derrotados somados não fazem um vencedor", atira, revelando que na sua opinião, o secretário-geral do PS está "a usar todos os pretextos para desconversar". Por isso, acusa-o de agir de má fé.
Nesta senda, Pires de Lima diz não ter dúvidas de que Cavaco Silva irá indigitar Passos Coelho como primeiro-ministro, até porque se tivessemos "o grande derrotado" como primeiro-minisro, teríamos um primeiro-ministro "que começaria as funções diminuído, fragilizado, provavelmente até vexado".