"PS não é o Syriza. Não faz guerrilha. Acho que a Europa sabe isto"
Francisco Seixas da Costa considera que Cavaco Silva “tem escasso espaço de manobra”.
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Política Seixas da Costa
O antigo secretário de Estado dos Assuntos Europeus Francisco Seixas da Costa admite não estar à espera de surpresas da parte do PS caso assuma o poder.
Na perspetiva do ex-governante, embora “no plano da solidez, os entendimentos que o PS fez” tenham ficado “aquém do que seria desejável”, “no plano dos factos esta é hoje provavelmente a única solução alternativa”, afirmou o embaixador em entrevista ao Jornal de Negócios.
Na sua perspetiva, Cavaco Silva deverá assim dar posse a António Costa, embora o Presidente da República gostasse “que o partido com o qual mais se identifica ideologicamente ficasse no poder, mas isso não é possível”.
Além do mais, realça, “ninguém tem o direito de duvidar da sinceridade do comprometimento do PS com as metas orçamentais assumidas por Portugal na Europa”. Neste aspeto, considera, o PS continua a ser, “em Portugal, ‘o’ partido da Europa”.
Seixas da Costa relembra ainda que “a política é a arte do possível” e que “um governo minoritário é sempre um governo refém”.
“O PS não é o Syriza, António Costa e Mário Centeno não vão criar ruturas, nem negociar no Eurogrupo numa lógica de guerrilha, como fez a Grécia. É preciso que isto fique bem claro. Acho que a Europa sabe isto”, afirma.
Para Francisco Seixas da Costa, é “claro” que com um Governo PS não há risco de “qualquer tipo de reestruturação unilateral da dívida”. O que não invalida que, se houver reflexão europeia sobre o alívio da dívida, o PS participe.
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