Nem Passos, nem Costa. E se Cavaco apostar num 'governo de transição'?
Têm-se sucedido as reuniões em Belém enquanto o país espera pela decisão de Cavaco Silva.
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Política Governação
Cavaco Silva continua a ter os olhos postos em si. É sobre a Presidência da República que cabe a responsabilidade de escolher entre um governo de gestão de Passos Coelho, que viu o programa da coligação que lidera ser chumbado no Parlamento, ou um governo de António Costa, com apoio à Esquerda. Mas há outras hipóteses em aberto.
Uma delas seria um governo de iniciativa presidencial, mas esta parece ser a opção menos viável, já que um governo de iniciativa presidencial implicaria pouca capacidade de gestão e decisão, enquanto na Assembleia da República as leis continuariam a ser votadas.
O Diário Económico sugere que há outra opção: um governo de transição. E diz mesmo que fontes próximas de Belém admitem que essa hipótese está em cima da mesa e é uma das dúvidas atuais de Cavaco Silva.
O plano seria um governo de transição, liderado por António Costa, mas já com prazo de vida definido: ao fim de um ano já poderia ir a eleições legislativas, eleições essas que já poderiam ser convocadas pelo sucessor de Cavaco Silva.
A hipótese, saliente-se, seria uma variação do que vimos em 2013, altura em que, com António José Seguro ainda à frente do PS, o país se viu em crise política, na sequência da demissão ‘irrevogável” de Paulo Portas.
Na altura o desejo de Cavaco Silva passava por um acordo de ‘centrão’, incluindo PS, PSD e CDS, que manteriam as políticas do Governo em conjunto, conseguindo em troca eleições antecipadas (que teria acontecido ainda em junho de 2014). No passado não foi isso que se verificou, resta saber se a hipótese sugerida pelo Diário Económico se aplicaria agora.
O mesmo jornal adianta ainda que, nesta fase, Cavaco Silva se prepara para fazer novas exigências aos partidos que concertaram o seu apoio a um governo liderado pelo PS, com apoio à esquerda.
Esta mesma hipótese de um governo de transição foi também debatida recentemente, num encontro à porta fechada, que juntou juristas e constitucionalistas, num evento promovido por Passos Coelho e Paulo Portas.
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