"Acabaram os votos de primeira e os de segunda"
O historiador Pacheco Pereira considera que muita coisa “não acabou”. Mas o facto de PS ter conseguido apoios à Esquerda para ser Governo é, só por si, uma novidade a ter em conta.
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Política Pacheco Pereira
Para Pacheco Pereira, ainda que não se sintam mudanças substanciais no futuro, na forma de fazer política, há já uma ideia a reter do facto de o PS ter conseguido formar Governo, contanto com o apoio parlamentar de partidos habitualmente descartados quando se fala em ‘arco da governação”.
“Acabaram os votos de primeira e os de segunda”, afirma o social-democrata no artigo de opinião que assina este sábado no jornal Publico.
“Há muita coisa que não acabou” nas políticas de austeridade com as quais discordou nos últimos anos. “Há um rastro de estragos, uns materiais e outros espirituais, que não vão ser fáceis ou sequer possíveis de superar numa geração”.
É com ironia que Pacheco Pereira classifica o PS como “ex-membro do ‘arco da governação’”, realçando que a forma como esta novidade na história política portuguesa surge “não é por amor ao Governo de Costa, nem ao PS, é outra coisa, é porque não queriam os ‘mesmos’ e foi essa força que os fez acabar”.
Já sobre as acusações de que estamos perante um novo PREC, Pacheco Pereira é mais cáustico: “se a asneira pagasse multa, podíamos enviar os asneirentos num pacote para pagar a dívida e ainda ficávamos com um superavit”.
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