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"Governo tem obrigação de apresentar OE2016 em oito dias"

O candidato presidencial Paulo Morais considerou hoje que o Orçamento do Estado para 2016 deve ser discutido no parlamento até ao final do mês de dezembro, defendendo que o Governo tem obrigação de o apresentar em oito dias.

"Governo tem obrigação de apresentar OE2016 em oito dias"
Notícias ao Minuto

17:26 - 01/12/15 por Lusa

Política Paulo Morais

"Não há razão nenhuma para o Orçamento do Estado não ser discutido antes do fim do mês. O Governo tem obrigação de apresentar o Orçamento do Estado em oito dias e o parlamento pode discuti-lo eventualmente entre o Natal e o Fim do Ano, trabalha entre o Natal e o Fim do Ano que é o que fazem os outros portugueses todos", disse aos jornalistas Paulo Morais, depois de entregar as assinaturas para a sua candidatura presidencial no Tribunal Constitucional.

Paulo Morais disse não entender "este atraso na entrega do Orçamento do Estado", considerando que normalmente é dito que este é "um documento muito complexo mas pode ser um documento simples".

"Tem sido um documento complexo porque os políticos querem que as pessoas não percebam nada do que está no Orçamento do Estado", advogou, propondo que o orçamento não tenha 300 nem 400 páginas, uma vez que "bastava ser um documento com quatro páginas que explicasse como é que vai ser distribuída a despesa do Estado e de onde é proveniente a receita".

Sobre a decisão do Presidente da República ter dado posse a António Costa como primeiro-ministro, o candidato a Belém considerou que esta foi "eventualmente muito lenta".

"Os passos que o Presidente deu estarão eventualmente certos só que em vez de ter demorado 50 dias devia ter demorado apenas cinco. E nestes processos, em Portugal já é tempo de começar a fazer um pouco como fazem como nos países do Norte da Europa. Nos países do Norte da Europa o problema ter-se-ia resolvido em cinco dias", observou.

Para o antigo vice-presidente da Câmara do Porto, "em Portugal há que começar a ter práticas mais democráticas e mais ágeis", considerando que este processo de indigitação poderia ter estado concluído ao fim de cinco dias.

"Isto criou dois problemas: por um lado criou-se uma clivagem direita/esquerda em Portugal que é o que o país menos precisava e ainda por cima criou uma certa angústia sobretudo nas pessoas mais vulneráveis porque apesar das pessoas que andam na política, uma certa classe média achar uma certa piada a esta extensão da campanha eleitoral, as pessoas mais vulneráveis, mais pobres, não gostam de ver esses espetáculos, gostam é que lhes resolvam os problemas", disse.

Paulo Morais escusou-se, neste momento, a comentar a idoneidade dos membros do novo Governo do PS.

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