"Rebelo de Sousa passa a vida a fazer de conta coisas que não é"
A candidata socialista teceu duras críticas ao candidato recomendado pela Direita.
© Global Imagens
Política Maria de Belém
Maria de Belém, candidata à Presidência da República, analisou, em entrevista no Jornal da Noite da SIC, os candidatos seus adversários e a sua posição nestas presidenciais, fazendo crer que a sua candidatura e a de Sampaio da Nóvoa ocupam posições diferentes no cenário atual.
Sampaio da Nóvoa
Questionada sobre se os votos socialistas serão divididos entre Maria de Belém e Sampaio da Nóvoa, a candidata frisa que “não é bem o mesmo eleitorado”, justificando que a sua candidatura “é de Centro-Esquerda”. “Eu considerei que devia avançar não só porque muitos militantes socialistas me pediram para o fazer, como considerei que havia um espaço não coberto que a minha candidatura podia protagonizar”, esclareceu, situando Nóvoa “mais à Esquerda”.
A antiga presidente do Partido Socialista acredita que “um militante do PS não divide o PS perante um não-militante do PS [referindo-se a Sampaio da Nóvoa]”, realçando que nunca houve um apoio oficial do partido e que o apoio de algumas figuras ilustres se deve ao facto de o candidato ter aparecido “muito mais cedo”.
Marcelo Rebelo de Sousa
Marcelo Rebelo de Sousa, o candidato mais bem colocado para ocupar o lugar de Presidente da República, segundo as sondagens, é visto, por Maria de Belém, como alguém que não tem as características de um chefe de Estado, acusando-o de “passar a vida a fazer de conta”.
“Marcelo Rebelo de Sousa é estimável, é um comentador que eu aprecio muito… Agora Marcelo Rebelo de Sousa passa a vida a fazer de conta coisas que não é: faz de conta que não é político, e é político; faz de conta que nunca apoiou o professor Cavaco Silva, quando sempre o apoiou em ambas as candidaturas; faz de conta que não é feliz por ser candidato, quando todos vemos o sorriso nos olhos; diz que se preocupa imenso com as pessoas e todos nós sabemos que são só palavras, em termos de ação concreta também não lhe conhecemos nenhuma”, acusa a candidata socialista.
Mais ainda, Belém frisa que o antigo líder do PSD é um “hiperativo” e “irrequieto”, marcas de personalidade que não conjugam com a função presidencial em que é necessária uma pessoa com “uma grande estabilidade, um grande sentido institucional, uma grande capacidade de estabelecer pontes, para ser um moderador e um árbitro”.
“Ele disse que vai acompanhar tudo e mais alguma coisa, quando se acompanha tudo e mais alguma coisa, interfere-se”, algo que Maria de Belém acredita que não deve acontecer, a menos que seja necessário.
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