"Relações com António Costa estão boas, não podiam estar más"
A candidata a Belém explicou como agiria no caso de chegar à Presidência da República.
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Política Maria de Belém
A candidata socialista Maria de Belém deu uma entrevista à SIC, no Jornal da Noite, e mostrou que a relação com António Costa e com o Partido Socialista não ficaram deterioradas pela falta de apoio oficial à sua candidatura.
As relações com António Costa “estão boas, não podiam estar más na medida em que a minha candidatura foi assumida com toda a transparência e numa relação muito aberta com o secretário-geral do Partido Socialista”, esclareceu a candidata.
Maria de Belém reforçou a ideia de que sempre concordou “que o PS não se pronunciasse no sentido de não apoiar nenhum candidato”, acrescentando que, na sua opinião, houve uma “evolução” e, se há alguns anos “fazia sentido que os partidos políticos formulassem ou dessem orientações de voto”, hoje crê que tal “não se justifica”.
“Acho perfeitamente natural que António Costa não esteja na minha campanha. Não tenho o apoio oficial [do PS] mas tenho o apoio de muitos socialistas”, confirma, mostrando que essas pessoas foram relevantes para a sua decisão.
Apesar da posição inicial do Partido Socialista, Maria de Belém acredita que passará à segunda volta e que aí poderá haver recomendação. “Estou convicta de que passarei a uma segunda volta e com uma recomendação à segunda volta”, disse Maria de Belém, quando questionada pelos jornalistas sobre se esperava uma recomendação de voto do PS caso seja disputada uma segunda volta das eleições presidenciais de 24 de janeiro de 2016.
Como seria Maria de Belém na Presidência?
Se chegar à Presidência da República, Maria de Belém quer “praticar uma magistratura próxima das pessoas”, salvaguardando que foi o que sempre fez nos cargos que ocupou. “As paredes das instituições são algo, normalmente, muito inacessível ao comum dos cidadãos, mas existindo [as instituições] para servir os cidadãos, considero indispensável que essas instituições estejam abertas ao contacto com as pessoas”, completa.
“Receberei sempre anónimos e falarei com eles. O pior que pode acontecer a alguém que exerce uma função institucional é deixar-se aprisionar pelas pessoas que integram aqueles espaços mais próximos do poder”, afirmou, ao referir-se aos atores políticos e às pessoas com poder na sociedade.
Por outro lado, e em relação ao Governo, a candidata crê que “o Presidente da República não deve ser intrometido, a não ser que [este] não cumpra a Constituição”.
Nesta senda, Belém frisa que, “no que depender do Presidente, o normal é que o Governo dure uma legislatura”, tentando que o país tenha “estabilidade”. Para isso, a socialista explica que tem a capacidade de fazer pontes, como fez em diversos cargos.
“A minha vida inteira foi sempre fazer pontes e fiz muitas pontes muito bem, e eu acho que é indispensável”, assegurou, mostrando que é possível estabelecer relações saudáveis entre os partidos.
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