"Não percebo o que o governo PSD/CDS fez ou não fez" com o Banif
Morais Sarmento critica governo PSD/CDS no que ao Banif diz respeito. Banco de Portugal não escapa ao olhar do social-democrata.
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Política Morais Sarmento
Nuno Morais Sarmento não percebe a forma de atuação do anterior Executivo em relação ao Banif. Na antena da Rádio Renascença, o social-democrata mostrou-se perplexo por só ter sabido agora que “que tivemos seis ou sete ou oito planos [de reestruturação] apresentados ao longo de um ano”.
“Não percebo esta opacidade, não percebo o que o governo fez ou não fez. A ex-ministra das Finanças [Maria Luís Albuquerque] disse que não sabia de nada. Apresentar dois planos, compreende-se. Apresentar seis planos, das duas três: ou o examinador tem má vontade; ou é melhor o examinador ir repetir a matéria de vez; ou isto significa uma absoluta incompetência da administração de Jorge Tomé; ou então há aqui qualquer coisa que nos tem de ser explicado, porque não se conhece outro caso”, insurgiu-se.
No programa ‘Falar Claro’, o antigo ministro disse ainda que “mais incompreensível é que o dono do banco não se interesse com o banco e do banco diga nada saber. O dono do banco é o Estado, através do Ministério das Finanças”.
“A senhora ministra disse que sabia de pouco, o administrador não executivo de nada sabe. Não há história de muitas empresas em que os acionistas não conheçam o que se lá passa e deixam aquilo entregue a terceiros”, atirou.
Salvaguardando que sempre manteve reservas à escolha de Jorge Tomé para presidente executivo do Banif, Morais Sarmento lançou ainda algumas farpas ao Banco de Portugal.
“Até pelo alerta que o caso BES representa, não é crível para ninguém que o supervisor não tivesse – e se não tinha, tinha obrigação de ter – um conhecimento e um acompanhamento muito próximo nesta fase do setor bancário. Também nos fica a perplexidade da troika, que por cá andou a ver tanta coisa, analisou tanta coisa, tantos técnicos, tantas pessoas inteligentes para Portugal e ninguém percebeu a situação do nosso setor financeiro”, criticou.
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