Passos terá de "reocupar o espaço político do PSD"
Em declarações à Rádio Renascença, Nuno Morais Sarmento comentou os desafios para o PSD, defendendo uma reorientação política do seu partido.
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Política Morais Sarmento
Se o posicionamento não é aquele com que foi lido nos últimos anos – e não é aquele com que eu, Nuno Morais Sarmento, me identifico – há que recentrar a sua atividade”, declarou o antigo ministro à Renascença, referindo-se ao partido que integra, o PSD.
Para Morais Sarmento, não existe uma ala do PSD com maior pendor liberal no plano económico. “O que fará sentido é reocupar o espaço político do PSD, do qual nos afastámos, bem ou mal, não por opção de Passos Colho, mas por contingências da situação em que estávamos e do cardápio que vem da Europa”, afirmou.
Para tal, considera que a continuidade de Pedro Passos Coelho à frente do partido não está em questão. “Se Pedro Passos Coelho estiver a pensar numa liderança para cumprir 2016 para a hipótese de eleições antecipadas, a renovação não é assim tão essencial. Refrescaria a equipa, mas em termos de posicionamento, manteria a coerência, a identidade e a sequência de 3 de outubro. Se Passos Coelho estiver com fôlego maior, a pensar no reafirmar uma nova proposta política e de poder, então nessa altura tem que começar aqui essa alteração”, explicou.
“Se mudar muito, Passos Coelho está a pensar a longo prazo. A resposta será dada por Passos Coelho no posicionamento para este congresso”, acrescentou.
Passos Coelho é neste momento o único candidato a líder do PSD, sendo que os militantes vão escolher o novo líder em eleições diretas a 5 de março.
Em relação ao CDS, Morais Sarmento indicou que Nuno Melo e Assunção Cristas não vão confrontar-se pela liderança do CDS, considerando ainda que se Nuno Melo vier a assumir os destinos do partido isso poderá significar “alguma alteração de posicionamento e intervenção do CDS”.
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