"Trabalho" e "refugiados" podem ser solução para problemas demográficos
A candidata presidencial Maria de Belém abordou hoje a questão dos problemas demográficos, considerando-os graves e que a solução passa pela resolução da instabilidade laboral, mas poderá passar também pela integração dos refugiados.
© Global Imagens
Política Maria de Belém
Maria de Belém Roseira participou hoje, em Lisboa, num encontro com 19 embaixadores e diplomatas de vários países e que teve direito a perguntas à candidata à Presidência da República.
E foi em resposta a uma questão de um embaixador, que a antiga ministra socialista falou sobre a questão "complexa" da demografia que afeta muitos países da União Europeia e que é um "problema grave" em Portugal.
"Eu acho que não há respostas simples para as questões demográficas, nem há soluções mágicas", salientou, acrescentando que, na sua opinião, "um dos aspetos que mais contribui para a baixa natalidade "é a imprevisibilidade relativamente à segurança, nomeadamente a nível do vínculo laboral".
"Acho que é o trabalho e a estabilidade no trabalho que pode dar às pessoas que querem ter filhos alguma segurança em relação ao futuro", frisou.
No entanto, realçou que alguns países apontam uma resolução que passa "pela integração de pessoas que vêm de outras origens", nomeadamente "os refugiados".
"A sua integração também foi apresentada como podendo ser muito positiva, porque resolveria os problemas demográficos de alguns países da União Europeia", salientou.
Apesar de considerar extraordinariamente importante a "integração dos refugiados, considerou que é também "muito importante o combate às causas que dão origem a uma onda tão grande de refugiados que vêm a fugir de perseguições absolutamente insuportáveis".
Questionada também sobre as relações entre a União Europeia e a Turquia, considerou que a crise dos refugiados "veio abrir um novo espaço de reequacionamento de uma relação mais estruturada" entre ambos, "num caminho de prossecução de uma negociação" que "foi interrompida e não foi estimulada".
"É importante que seja tudo reanalisado perante o novo quadro que esta crise vem trazer", salientou.
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