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"Governos socialistas sempre foram o esbanjamento do dinheiro público"

O presidente da Juventude Popular analisa, na segunda parte da entrevista ao Notícias ao Minuto, o panorama político nacional.

"Governos socialistas sempre foram o esbanjamento do dinheiro público"
Notícias ao Minuto

08:09 - 08/05/16 por Inês André de Figueiredo

Política Juventude Popular

Francisco Rodrigues dos Santos, líder da Juventude Popular, analisou a atual situação política do país e, em entrevista ao Notícias ao Minuto, explicou que a juventude partidária do CDS se tem mostrado contra algumas decisões, principalmente em relação ao Governo apoiado pelas Esquerdas.

Questionado sobre a solução de Governo, Francisco Rodrigues dos Santos admite que “o Governo é legítimo”, contudo acredita que, politicamente, “é uma solução inaudita, completamente inusitada, a que nunca assistimos no Portugal democrático, por isso a legitimidade política é bastante reduzida”.

A oposição do CDS ao Governo de Esquerdas

“Agora, nós temos de dar o salto. Eu não estou em negação, nem a Juventude Popular está em negação, esse assunto para nós está completamente arrumado”, garante, frisando que o Governo está “legitimamente em funções” e que “é no escrutínio e na fiscalização dessas políticas” que o CDS está empenhado, optando por apresentar “alternativa em vários domínios”.

“Apostamos num CDS liderante na oposição para se configurar a verdadeira alternativa com um horizonte de esperança para os portugueses. Esta aragem de novidade que o PSD não é capaz de dar porque tem mantido a sua linha dirigente inalterada”, frisou, salientando que “o CDS teve a capacidade de se renovar, de eleger uma líder nova, de apresentar uma primeira linha dirigente refrescada e está a reinventar o seu discurso político”.

“O CDS seguiu e, nesta questão do Plano de Estabilidade, o CDS foi o partido que obrigou as Esquerdas a rejeitarem a rejeição do CDS, comprometendo-as diretamente com estas políticas, portanto já não se podem demitir da responsabilidade nem dos resultados das políticas que estão a ser tomadas”, confirma.

O Governo e os acordos à Esquerda

Questionado sobre os acordos e os partidos mais à Esquerda, Francisco Rodrigues dos Santos foi perentório: “Neste momento já não nutro grandes expetativas no que à credibilidade do Bloco de Esquerda e da CDU diz respeito, porque já disseram tudo e o seu contrário”.

Na opinião do líder da JP, “tudo dependerá do cenário externo, das exigências dos parceiros europeus e dos credores”. “Se essas exigências implicarem uma austeridade que não seja aceite pela CDU e pelo Bloco, a coisa não vai correr bem. Agora não digo que impliquem austeridade, porque austeridade em si já temos e pelos vistos a CDU e o Bloco aceitam levianamente”.

Relativamente à mudança de rumo que a Esquerda prometeu, o centrista acredita que este Governo “não virou a página”, recordado “um aumento de impostos sobre o consumo, que são impostos indiretos e são impostos que revelam a maior insensibilidade social, porque todos pagam o mesmo independentemente dos seus rendimentos”.

“Virou a página do despesismo? Sim, virou. Porque os governos socialistas sempre foram isto, sempre foram o esbanjamento do dinheiro público, esquecendo-se que não existe dinheiro público, o dinheiro público é dinheiro retirado aos contribuintes, tirado da mesa das famílias e os socialistas sempre foram muito generosos, por isso é que nos conduziram três vezes à bancarrota”, atirou o jovem.

A nova líder do CDS - Assunção Cristas

Na perspetiva de Francisco Rodrigues dos Santos, a nova líder, Assunção Cristas, apresenta “diversas virtudes”. “Era uma profissional de excelência, uma professora universitária doutorada, tem uma carreira académica invejável”, explica, mostrando que “tem traços identitários que criam grande impacto na sociedade civil”, principalmente o facto de ser uma “mãe de família”.

A despedida de Paulo Portas

Já em relação a Paulo Portas “ficam muitas saudades”. “Sempre foi um amigo da Juventude Popular, uma pessoa confiável, de um altruísmo cívico inultrapassável, um líder carismático, com rasgo, de uma inteligência sobrenatural que conseguia adaptar o partido a todas as circunstâncias, de modo a que o CDS estivesse sempre atual”, conclui o líder da JP.

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