A reacção do PSD à resposta de Seguro a Passos
O coordenador da direcção nacional do PSD, Jorge Moreira da Silva, pediu esta segunda-feira ao PS que apresente propostas para fazer face ao chumbo de medidas orçamentais pelo Tribunal Constitucional e demonstre espírito de compromisso.
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Política Jorge Moreira da Silva
Jorge Moreira fez este apelo na sede nacional do PSD, em Lisboa, em reacção à declaração feita hoje ao final da tarde pelo secretário-geral do PS, António José Seguro, através da qual este, por sua vez, reagiu à comunicação ao país feita pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, no domingo.
O coordenador da Comissão Política Nacional do PSD considerou que o secretário-geral do PS não deu "uma resposta à altura da exigência do momento e das suas responsabilidades", face à "abertura para o compromisso" manifestada pelo primeiro-ministro e à "necessidade de apresentar alternativas" às quatro normas do Orçamento do Estado para 2013 declaradas inconstitucionais na sexta-feira.
Jorge Moreira da Silva atribuiu às normas orçamentais "chumbadas" pelo Tribunal Constitucional um valor de "cerca de 30% do esforço de consolidação orçamental previsto para 2013".
Em seguida, sustentou que, se o PS é a favor do cumprimento das metas do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal, deve dizer se quer que isso se faça pelo aumento de impostos ou pela redução de despesa, e nesse caso, em que dimensão e em que sectores.
"Este não é um tempo para ambiguidades ou para qualquer tipo de opções que envolva radicalismo partidário. É um tempo para fazer escolhas claras e para demonstrar um espírito de compromisso", defendeu, acrescentando que o PSD continuará "a tentar convencer o PS a colocar o interesse nacional à frente dos interesses partidários".
Depois de ter sido convocada, a comunicação social foi informada na sede nacional do PSD de que Jorge Moreira da Silva não responderia a qualquer pergunta.
Num discurso de cinco minutos, o primeiro vice-presidente e coordenador da direção nacional do PSD descreveu o discurso do PS como "radical" e composto por "frases feitas, que não traduzem opções concretas" e insistiu que os socialistas têm de esclarecer se são pelo cumprimento do Programa de Assistência Económica e Financeira e das suas metas ou pelo incumprimento, o que, alegou, implicaria um segundo pedido de resgate.
O social-democrata alegou que "os olhos da União Europeia" estão postos em Portugal e que este é um momento crucial, porque "Portugal se prepara para uma negociação determinante" na União Europeia sobre o prazo de pagamento dos seus empréstimos.
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