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Marinho Pinto rejeita rancor e pede elevação da União Europeia

O líder do Partido Democrático Republicano (PDR), António Marinho Pinto, apelou hoje às instituições europeias para tratarem "sem sinais de rancor" a saída do Reino Unido da União Europeia.

Marinho Pinto rejeita rancor e pede elevação da União Europeia
Notícias ao Minuto

22:38 - 25/06/16 por Lusa

Política PDR

Para Marinho Pinto, que falava à agência Lusa, em Coimbra, à margem de uma reunião extraordinária do Conselho Nacional do partido, a desvinculação daquele país da UE, decidida na quinta-feira através de referendo, deve ser encarada por Bruxelas e pelos estados-membros "com elevação, como o divórcio de um casal".

"Não temos dirigentes atuais à altura da Europa e do mundo", lamentou o deputado do Parlamento Europeu, eleito há dois anos pelo Partido da Terra, o qual depois abandonou, vindo a protagonizar a criação do PDR.

Os dirigentes europeus terão de tratar a separação dos britânicos "com dignidade, em vez de assumirem posições hostis" relativamente a Londres, disse, antevendo que o Reino Unido "há de voltar um dia" a integrar a comunidade.

"Não há projeto verdadeiramente europeu que tenha de fora o Reino Unido", sublinhou.

Para Marinho Pinto, a confirmação do "Brexit" nas urnas constitui "um facto absolutamente devastador para a credibilidade das instituições europeias".

Quando o povo de "um país com a importância do Reino Unido diz 'não' à União Europeia", fica demonstrado que o bloco europeu "não tem dirigentes à altura deste tempo", adiantou.

"O que fez ou não fez a UE para que um dos seus membros mais importantes se vá embora?", perguntou o presidente do PDR, que encara o decisão tomada pelos britânicos, na quinta-feira, como "a partida de um filho pródigo", sendo necessário "criar as condições para que volte o mais cedo possível".

Marinho Pinto rejeitou ainda que a Comissão Europeia venha a aplicar sanções por défice excessivo a Portugal.

No entanto, advertiu, o país não poderá manter o Estado Social "com dívidas que algum dia vão ter de ser pagas", sendo por isso necessário desenvolver a economia e reduzir a contração de empréstimos a instâncias internacionais.

"É preciso revitalizar a economia para que ela possa pagar o Estado Social", afirmou, criticando quem "anda a vender ilusões e fantasias" aos portugueses.

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