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Sanções: "A Direita, cá e lá, perdeu o bom-senso"

Edite Estrela critica a Direita devido às sanções de que Portugal pode ser alvo.

Sanções: "A Direita, cá e lá, perdeu o bom-senso"
Notícias ao Minuto

07:42 - 19/07/16 por Goreti Pera

Política Edite Estrela

Numa altura em que “as hipotéticas sanções a Portugal e Espanha continuam a dar que falar”, a socialista Edite Estrela dedicou-lhe um artigo de opinião publicado na Ação Socialista.

“As famigeradas sanções vão e vêm ao sabor dos ventos da direita nacional e europeia. Não admira que alguns tecnocratas europeus façam uma leitura restritiva das regras orçamentais e considerem ‘normal’ aplicar sanções por défice excessivo sem cuidar das causas nem do contexto”, escreveu a socialista, eleita pelo círculo de Lisboa.

Consciente de que “nunca a Europa falou a uma só voz” e de que, “proliferando os porta-vozes, é natural que haja mensagens contraditórias”, a deputada destaca que “os presidentes da Comissão, do Parlamento e do Conselho Europeu já deixaram muito claro que a aplicação de sanções não faz sentido”.

“De facto, o que é uma derrapagem de 0,2% do PIB comparada com o drama dos refugiados, o Brexit, os ataques terroristas, a situação económica, o desemprego e a crise da banca? Sensato seria tratarem dos reais problemas e deixarem Portugal em paz. Só que a direita, cá e lá, perdeu o bom-senso”, atirou.

No entender de Edite Estrela, “Maria Luís Albuquerque, Pedro Passos Coelho e Assunção Cristas atingiram o cúmulo do descaramento e sacrificam o interesse nacional no altar da hipocrisia e da demagogia”.

“A primeira afirmou, sem se rir, que se fosse ela a ministra das Finanças não haveria sanções. Passos Coelho alega não entender o que se está a passar e vai insinuando que as sanções não punem o passado, mas o futuro. Assunção Cristas, que também integrou o governo responsável pelo défice excessivo, acusa o primeiro-ministro António Costa de ter acordado tarde para o problema”, justificou.

“Desfaçatez não lhes falta, porque as sanções de que se fala dizem respeito ao défice de 2015. Responsabilidade deles, portanto”, rematou.

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