PEV questiona Governo sobre riscos de saúde e ambientais em mina
O partido ecologista Os Verdes (PEV) questiona o Governo sobre os impactos ambientais e de saúde relacionados com a antiga mina de urânio do concelho de Tábua, desativada há quase 30 anos, considerando que há "um elevado risco".
© Global Imagens
Política Tábua
Em comunicado hoje emitido, o PEV indica que o seu deputado José Luís Ferreira entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Ministério do Ambiente sobre a antiga mina do Mondego Sul, em Tábua, "que se encontra desativada há quase três décadas e que constitui um elevado risco para o ambiente e para a saúde pública".
Para Os Verdes, que visitaram o local a 19 de julho, o risco deve-se ao facto de as "águas, areias e escombros estarem eventualmente contaminadas dado o caráter radioativo do minério explorado nesta mina".
O partido ecologista descreve a antiga mina como "uma lagoa de cor esverdeada" que está "a escassos metros da barragem da Aguieira, pressupondo que haja a passagem destas águas para a própria albufeira" e refere estudos técnicos que indicam que "a cratera da mina contém um volume importante de águas radioativas acumuladas".
Sublinhando que "as próprias águas pluviais que são precipitadas sobre os escombros escorrem para o Mondego sem que haja qualquer tratamento", Os Verdes afirmam que esta área mineira serve para "depositar lixos domésticos".
Assim, o PEV dirigiu uma pergunta ao presidente da Assembleia da República, que a remeterá ao Governo, pedindo ao Ministério do Ambiente que confirme se a área da antiga mina de urânio Mondego Sul representa um risco elevado para o ambiente e saúde pública.
Além disso, é também questionado o que tem feito o ministério para monitorizar "esta mina de urânio a céu aberto" e se a tutela considera "prioritária" a remediação ambiental desta mina, bem como por que razão as obras previstas ainda não foram realizadas e quando pretende que sejam feitas.
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