Rubalcaba defende que Portugal tem direito a renegociar com a troika
O secretário-geral do PSOE, Alfredo Rubalcaba, defendeu esta sexta-feira que Portugal tem direito a renegociar com a troika as condições dos empréstimos uma vez que “o esforço e o valor” dos últimos anos merecem “a confiança de toda a Europa”.
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Política PSOE
Rubalcaba discursava na abertura do XIX Congresso Nacional do PS, tendo sido o convidado internacional do primeiro dia da reunião magna socialista, tendo manifestado todo o apoio às reivindicações do partido socialista português.
“Desde aqui quero dizer à troika que sim, que Portugal tem direito a renegociar os seus contratos, as condições dos empréstimos. Tem direito porque demonstrou durante estes anos um esforço e um valor que merecem a confiança de toda a Europa”, enfatizou.
Na opinião do secretário-geral do PSOE, “nunca a esquerda viu tão claramente que defender os seus interesses é defender os interesses dos nossos países”.
“A direita portuguesa e a direita espanhola são como duas gotas de água: iguais. Sofremos juntos uma direita, a portuguesa e a espanhola, que está a aproveitar a crise em que vivem os nossos países para ajustar contas com o Estado social, com o Estado do bem-estar, que nunca quiseram, no qual nunca confiaram, que nunca ajudaram a construir”, criticou.
Rubalcaba destacou os cortes na educação, na saúde, nas pensões e nos direitos e foi peremptório: “Cortam porque gostam de cortar”.
“Porque a sua política foi sempre cortar. Agora têm um excelente álibi, em Espanha e em Portugal, que é a crise económica. Mas não é mais do que isso: um álibi”, sublinhou.
O socialista espanhol – que mereceu uma ovação de pé dos delegados ao Congresso do PS no final do discurso – considerou ainda que “basta de austeridade suicida”.
“O pior desta política: é que sofrem os trabalhadores para nada. É uma austeridade que não nos está a ajudar a sair da crise”, lamentou.
O líder do PSOE disse ainda querer tempo para que os países façam os seus ajustes.
“Não pedimos que nos dêem aquilo a que não temos direito, pedimos que nos dêem tempo e condições razoáveis. Pedimos tempo e respeito”, declarou.
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