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Costa prepara visita à Argentina para "tão breve quanto possível"

Cartagena, Colômbia, 30 out (Lusa) - O primeiro-ministro anunciou no sábado que está a preparar uma visita à Argentina para "tão breve quanto possível" e que Portugal e Chile vão assinalar os 500 anos da viagem de circum-navegação de Fernão Magalhães, em 2020.

Costa prepara visita à Argentina para "tão breve quanto possível"
Notícias ao Minuto

06:22 - 30/10/16 por Lusa

Política Ibero-Americana

António Costa falava numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante a 25.ª Cimeira Ibero-Americana, em Cartagena das Índias, na Colômbia, tendo ao seu lado o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

Os três vestiam camisas brancas de mangas compridas, um traje masculino usado nas Caraíbas e na América Central chamado 'guayabera', com um pin em forma de pomba, símbolo da paz, que vários chefes de Estado e de Governo usaram nesta cimeira.

Nesta conferência de imprensa, o Presidente da República não quis tomar posição sobre a atual situação da Venezuela: "É uma questão da Venezuela e dos venezuelanos. Compete aos amigos da Venezuela ajudarem num processo que é um processo venezuelano".

O primeiro-ministro também nada quis "acrescentar ao que o senhor Presidente disse".

A propósito do relacionamento de Portugal com os diferentes blocos comerciais da América Latina, António Costa afirmou que há "boas relações com os países da Aliança do Pacífico" mas que "as relações com os países do Mercosul são relações de excelência, desde logo relações de amizade".

Neste contexto, anunciou: "Tive a oportunidade de falar com a senhora ministra dos Negócios Estrangeiros da Argentina, Susana Malcorra, tendo em vista marcar uma visita tão breve quanto possível que eu desejo fazer à Argentina, que está hoje num momento de viragem económica muito importante".

"E a ministra Susana Malcorra ficou de marcar para muito breve essa visita", adiantou.

Ainda sobre as relações com a América Latina, adiantou: "Tivemos hoje uma reunião bilateral com a senhora presidente do Chile, com quem iremos no próximo ano incrementar a nossa cooperação económica e com quem vamos trabalhar em conjunto para assinalar o quinto centenário da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães em 2020".

"Temos também excelentes relações com o Panamá, com quem tive oportunidade de ter uma relação bilateral tendo em vista estreitar as relações entre as autoridades do Canal do Panamá e o nosso Porto de Sines, visto que é o porto natural de serviço do outro lado do Atlântico ao Canal do Panamá", acrescentou.

A Aliança do Pacífico é um bloco comercial criado em 2012, constituído por México, Peru, Colômbia e Chile, a favor do comércio livre e considerado concorrente do Mercosul, que existe desde 1991, atualmente composto por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, e que é mais conotado com o protecionismo económico.

O Presidente da República recusou que Portugal tenha fortalecido as relações com a Aliança do Pacífico em detrimento do Mercosul, defendendo que, por exemplo, com o Brasil há "uma afinidade prioritária" e "um relacionamento económico, financeiro, social, político e cultural ímpar".

No mesmo sentido, o primeiro-ministro disse que "a relação de intimidade entre os dois países é tal que o senhor Presidente da República e o senhor ministro dos Negócios Estrangeiros e o secretário-geral das Nações Unidas irão hoje da Colômbia para o Brasil precisamente num avião que o Presidente Temer cedeu ao ministro [dos Negócios Estrangeiros] Serra".

Quanto à ausência dos presidentes do Brasil e de outros países do Mercosul nesta e em anteriores cimeiras ibero-americanas - que agora são bianuais, a próxima será na Guatemala, em 2018 -, o Presidente da República desvalorizou-a, recorrendo à expressão "dança quem está na roda" e defendendo que "o que importa é quem vem".

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que as ausências não retiram importância a "uma cimeira que é histórica", por coincidir com o processo de paz na Colômbia.

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