CGD: "Se Geringonça tivesse feito o TPC teria evitado problemas"
José Miguel Júdice comentou na antena da TVI24 a polémica sobre a declaração de rendimentos dos administradores da Caixa Geral de Depósitos (CGD)
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Política José Miguel Júdice
José Miguel Júdice criticou esta terça-feira a atuação da 'Geringonça' em relação à forma como tem gerido os temas da CGD, nomeadamente no que toca à "falta de trabalho de casa" em relação à lei que "desobriga" os administradores do banco público de entregarem a declaração de rendimentos ao Tribunal Constitucional.
"Se os partidos da oposição e os partidos da Geringonça, que não estão no Governo. tivessem feito esse trabalho de casa ter-se-iam apercebido do que agora se estão a aperceber. Houve uma mudança legislativa que teve como efeito que os administradores da CGD, por lei, ficassem desobrigados a fazer a declaração de rendimentos ao TC", disse o antigo bastonário, sublinhando que se os partidos se tivessem debruçado sobre o tema, teriam tido vantagens.
"Por um lado, mostravam ao país que estão a desempenhar bem o seu papel. Segundo, resolviam o problema antes de criar factos consumados", acrescentou. O advogado deixou ainda uma crítica ao facto de se ter deixado passar o prazo e depois se querer "começar de novo" e "fazer uma lei para resolver um problema que não foram capazes de resolver".
Em todo o caso, e apoiando a ideia de que a Caixa tem de continuar a ser um banco público, Júdice defendeu na TVI24 que este tem que ser competitivo. "O problema de se pagar mal na CGD é que os melhores vão manifestamente trabalhar para outros lados", sustentou, dizendo ainda que "não se pode pensar que se consegue ter gente de muita qualidade na CGD, a não ser por uma vocação ou por outras coisas menos claras", se não se pagar bem aos administradores.
Recorde-se que António Domingues, presidente da CGD, decidiu não entregar a declaração ao Tribunal, como é seu direito, uma decisão que 'incomodou' a Direita que deixou críticas à falta de escrutínio aos admnistradores públicos.
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