JP quer crédito e divulgação da empregabilidade dos cursos superiores
O presidente da Juventude Popular entrega na sexta-feira ao líder parlamentar centrista propostas para o Orçamento do Estado, que passam pela divulgação do nível de empregabilidade dos cursos e a criação de um crédito estudantil.
Política Rodrigues dos Santos
As propostas que o líder da JP, Francisco Rodrigues dos Santos, entregará a Nuno Magalhães destinam-se ao "combate ao abandono escolar no ensino superior" e dividem em quatro áreas: "transparência sobre a empregabilidade, articulação do ensino secundário com o ensino superior, financiamento estudantil e ensino vocacional e técnico".
A JP "elegeu o problema do financiamento como um dos mais fundamentais" e defende a "criação de crédito estudantil com pagamentos faseados e em função do salário bruto, dedução fiscal progressiva das propinas baseada nos rendimentos do agregado familiar e prioridade em bolsas de trabalho universitárias para alunos com falta de recursos", de acordo com um texto dos jovens do CDS-PP.
"De modo a incentivar um papel mais interventivo da sociedade civil na educação, foi também proposta uma dedução fiscal de donativos por entidades privadas a estabelecimentos de ensino público", sustenta a JP no texto sobre as propostas a que a Lusa teve acesso.
Para a transparência sobre o nível de empregabilidade dos cursos, os jovens do CDS querem "garantir a disponibilização dos dados de empregabilidade de todos os cursos".
"As propostas de melhor articulação dos ensinos secundário e superior pretendem incentivar os alunos a entrar na universidade. Foi sugerida uma maior flexibilidade curricular no 12.º ano a nível das disciplinas optativas, no intuito de realizar o estudante dentro da sua própria área de conforto", sustentam.
A JP defende ainda o incremento do "ensino vocacional, através de medidas que procuram aumentar o número de horas de experiência profissional, reforçar as parcerias com o tecido empresarial, garantir que os currículos sejam desenvolvidos por parceiros sociais, instituições de ensino e empresas, reformular os CET [Curso de Especialização Tecnológica] e os CTSP [Curso Técnico Superior Profissional] para contemplar a possibilidade de acesso ao ensino superior".
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