"Pode haver outra política mas depois não há salários"
O social-democrata José Luís Arnaut defendeu, esta segunda-feira, aos microfones da Rádio Renascença que quem quer que "venha governar, vai ter de manter as políticas de austeridade", salientando que Portugal é um “País intervencionado” como tal “se faltar uma tranche, não há dinheiro para pagar os ordenados” da Função Pública.
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Política José Luís Arnaut
No programa Falar Claro da Renascença, o social-democrata José Luís Arnaut considerou que o “problema de [António José] Seguro é que não tem alternativa” e está a cair no erro em que caiu, por exemplo, François Hollande, em França, que “foi fazer uma campanha eleitoral a dizer que ‘comigo isto vai resolver-se tudo’”. Mas, e depois da primeira ida a Bruxelas, “[Seguro] vem de lá com o rabinho entre as pernas”.
“Somos um País intervencionado, sob resgate”, lembrou Arnaut, salientando que “se faltar uma tranche, não há dinheiro para pagar os ordenados aos funcionários públicos”. Até “pode haver outra política, mas depois não há dinheiro para os salários”, avisou o social-democrata, acrescentando que “venha quem vier governar, vai ter de manter estas políticas de austeridade”.
Por isso é que “o doutor Paulo Portas e o doutor Pedro Passos Coelho estão amarrados a terem que se entender pelo País” porque “qualquer crise política [representa] um segundo resgate” e o agravamento “das condições dos portugueses por muitos anos”.
Nesta entrevista, José Luís Arnaut afirmou ainda que o actual líder do PS tem uma “prova de vida semanal”: O comentário político de José Sócrates. “Isso condiciona muito a actuação de [Seguro]” e, na opinião do social-democrata, contribuiu para que o discurso de encerramento do líder socialista no congresso do passado fim-de-semana, em Santa Maria da Feira, fosse feito “como se as eleições fossem daqui a três meses”, correndo o risco de “cansar o eleitorado”.
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