"Apesar de Portugal ser um paraíso de segurança, há deficiências"
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, advertiu hoje para as deficiências que diz persistirem nas forças de segurança, considerando que não estão suficientemente equipadas para cumprir a sua função.
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Política Passos
"Apesar de Portugal ser um paraíso de segurança, e esperemos que assim continue, há deficiências que se foram acumulando ao longo dos anos", como "equipamentos que não foram substituídos", revelou Passos Coelho durante a 1.ª Convenção Anual de Administração Pública "Reforma do Estado: principais estratégias e desafios", que decorreu na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, em Leiria.
Para Passos Coelho, este é um "investimento que precisa de ser realizado e que não está sequer previsto".
"O Estado não consegue fornecer sequer a farda aos seus polícias. Dá-lhes um subsídio. As remunerações não são aquelas que se esperariam de quem trata da nossa segurança. Há muitos problemas por resolver. Mas ninguém discute que esta é uma função que pertence ao Estado", sublinhou.
Aliás, o líder do PSD reforçou que a "justiça, a segurança e a defesa são indelegáveis", mas "precisam de estar dimensionadas à nossa escala de hoje".
"Daquilo que se espera da função de qualquer Estado, não temos forma de delegar estas funções. Não podemos esperar que a justiça seja privada ou que a nossa defesa fique entregue a cada um. Tem de funcionar para o Estado no seu todo, coletivamente".
Referindo que "é importante ter segurança de proximidade, dimensioná-la e formá-la", Passos Coelho acrescentou que "é preciso saber se depois conseguimos ou não que esteja suficientemente equipada para poder atuar". E "não está".
Antes de terminar, o presidente do PSD deixou duas perguntas, para as quais a reforma do Estado tem de responder: "Qual o Estado que queremos e o que estamos dispostos a pagar para o ter".
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