Madeira está "espartilhada pela austeridade"
O Secretário-geral da Juventude Socialista, João Torres, afirmou esta sexta-feira que a Madeira está "espartilhada pela austeridade" reflectindo-se na qualidade de vida dos cidadãos que sofrem uma tripla penalização.
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Política JS
No final do "Roteiro contra a Austeridade" que se iniciou na Madeira e vai passar por todo o país durante as próximas semanas, João Torres considerou que a Região Autónoma da Madeira (RAM) é um dos exemplos onde "a austeridade está a materializar-se como nociva para a vida dos cidadãos".
A RAM está desde Fevereiro de 2011 debaixo de um Plano de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEL) que, para o jovem socialista, está sobrecarregar os cidadãos madeirenses penalizando-os triplamente "pela política de austeridade".
O roteiro pretende "identificar bons exemplos governativos a nível nacional, regional e local" mas também "maus exemplos", no sentido de sensibilizar a sociedade para a "existência de uma alternativa à lógica de empobrecimento do país".
Reclamou um tratamento digno para os madeirenses apelando à república para fazer "valer a coesão e a continuidade territorial" já que a política de austeridade está a ter reflexos concretos.
"Regista-se um fluxo migratório que é vergonhoso para o país e para esta região", afirmou.
João Torres criticou as palavras de Pedro Passos Coelho que sugeriu que os mais jovens emigrassem considerando ser "irracional este discurso de incentivo à emigração", pois a "emigração forçada" que as gerações mais novas estão a ser obrigadas a fazer, "é uma chaga da nossa sociedade".
Referiu-se ainda à qualidade da democracia na madeira, afirmando que ela não "se esgota na liberdade de opinião", criticando a falta de "respeito pela oposição, pelos sindicatos e pelo associativismo".
Finalizou afirmando que o PAEF não se trata de um plano de ajustamento económico, mas sim e "exclusivamente de um plano financeiro".
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