"Défice foi alcançado com plano B. Só é pena que Governo não o reconheça"
O deputado do PSD Duarte Pacheco afirmou hoje que o Governo conseguiu alcançar um défice abaixo dos 3% com recurso a um "plano b" que incluiu um corte no investimento e lamentou que o executivo "não o reconheça".
© Global Imagens
Política Duarte Pacheco
"O défice foi alcançado à custa do `plano b´ que nós sempre preconizamos que não haveria outra hipótese. Só é pena que o Governo não o reconheça porque a transparência o exigia", lamentou Duarte Pacheco, numa declaração aos jornalistas no parlamento.
Esse `plano b´, frisou, incluiu "um corte no investimento público, de mil milhões de euros, só visto em 1951, um perdão fiscal extraordinário sem o qual o défice ficava maior do que o do ano passado, uma reavaliação de ativos e cativações".
O défice das Administrações Públicas em contabilidade pública desceu 497 milhões de euros em 2016 face ao ano anterior, ficando nos 4.256 milhões de euros, anunciou hoje o Ministério das Finanças.
Num comunicado que antecede a habitual divulgação pela Direção-Geral de Orçamento (DGO) da síntese de execução orçamental, o ministério tutelado por Mário Centeno afirma que esta redução do défice resultou de "um aumento de 2,7% da receita, superior ao crescimento de 1,9% da despesa".
Além disso, o Ministério das Finanças sublinha que, "face ao projetado no Orçamento do Estado de 2016 (OE2016), o défice ficou 1.238 milhões de euros abaixo do previsto, em grande medida resultante da contenção da despesa efetiva, que ficou 3.009 milhões de euros abaixo do orçamentado".
A tutela afirma também que este resultado - que é apresentado em contabilidade pública, ou seja, a ótica de caixa - permite antecipar que o défice, em contabilidade nacional (a que conta para a Comissão Europeia), "não será superior a 2,3% do PIB".
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