"Os impostos pagos pelas pessoas são também para os transportes públicos"
PS e PCP mantém algumas discordâncias sobre o modelo público de gestão da Carris.
© Global Imagens
Política Bernardino Soares
A Carris já se encontra sob tutela da autarquia da capital mas o PCP, embora sem contestar em definitivo a questão, pediu apreciação parlamentar. Haverá contradição?
A questão foi hoje colocada a Bernardino Soares, presidente da câmara municipal de Loures e membro do PCP, na antena da SIC Notícias.
“Creio que não, a posição do PCP continua a ser a de que a empresa deve ser pública, julgo que a acrescentar a isso é muito importante que tenha uma participação dos municípios, que julgo que não teve nos últimos anos”, respondeu.
Para Bernardino Soares, “é preciso garantir que [a Carris] é uma empresa que tem uma gestão capaz de ser articulada com outras empresas de transportes públicos e em rede”.
“A Carris serve hoje seis concelhos e tem uma importância estratégica mesmo para os concelhos onde não vem”, dado que muita gente que mora noutros concelhos mas que vai para Lisboa usa a Carris, justificou.
O modelo atual, disse ainda, vai no sentido de “atribuir a responsabilidade financeira a cada município pelas carreiras nos seus municípios”.
“Ora, os impostos pagos pelas pessoas são também para os transportes públicos”, afirmou, acrescentando que, para a área metropolitana de Lisboa, deveria funcionar “uma só coordenação global, com um só passe para toda a rede e entre todos os operadores de transportes”.
Bernardino Soares referiu ainda a “profunda degradação da empresa”, realçando que tal adveio de políticas de anos anteriores e não do atual processo de municipalização.
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