"Barulheira das bancadas da direita" é de deputados "derrotados"
O secretário-geral comunista considerou hoje "a barulheira das bancadas da direita" como sinal de que aqueles deputados estão "desolados, derrotados, vingativos" e elogiou o combate à precariedade por parte do Governo socialista, desafiando-o a "continuar o caminho".
© Lusa
Política Jerónimo
No debate parlamentar quinzenal com o primeiro-ministro, Jerónimo de Sousa questionou ainda António Costa sobre atrasos na atualização do abono de família, a situação das pessoas com deficiência, as reformas para as longas carreiras contributivas e a desregulação da banca.
"É necessário prosseguir o trabalho e assegurar que os objetivos são atingidos. Da nossa parte, valorizamos o passo dado. Queremos reafirmar o nosso empenho para que nenhum trabalhador fique de fora, seja na administração central, local ou no setor público empresarial. Deu-se um passo adiante, falta fazer o caminho, é preciso continuar", afirmou o líder do PCP, defendendo que "as funções permanentes" correspondam a "um contrato efetivo e um vínculo adequado ao Estado".
Em causa estava o diagnóstico do executivo sobre precariedade laboral em funções estatais, que estima em cerca de 100 mil os trabalhadores naquela situação. O primeiro-ministro anunciou hoje que o Conselho de Ministros desta semana irá aprovar a criação de comissões de avaliação, incluindo elementos sindicais, que irão analisar "caso a caso" todas as situações.
"É uma questão central no mercado de trabalho. De uma vez por todas, o país tem de assumir que o futuro desenvolvimento, a produtividade das empresas, a competitividade da economia não podem assentar nem em baixos salários, nem na destruição de direitos, nem na precarização laboral", afirmou António Costa.
Segundo o secretário-geral do PS, há que "apostar na valorização dos recursos humanos", pois "não é possível investir na formação, motivar quem trabalha com base na precariedade".
"Não é só questão de dignidade do trabalhador, é também uma questão essencial para a produtividade das empresas e do Estado, que tem de dar o exemplo", destacando existirem "situações atípicas muito diversas".
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