Passos "está morto por se ver livre disto" diz o pai que avisou: "Vais-te lixar"

O pai do primeiro-ministro e ex-dirigente do PSD, António Passos Coelho, faz saber, em declarações à edição desta quarta-feira do jornal i, que o seu filho “está morto por se ver livre disto”, reportando-se portanto ao Governo que lidera, acrescentando que “quando isso acontecer “a gente vai fazer uma festa cá na família”.

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Notícias Ao Minuto
22/05/2013 08:08 ‧ 22/05/2013 por Notícias Ao Minuto

Política

António Passos Coelho

“Não vás para o Governo, o País não tem conserto”. Este foi o recado deixado por António Passos Coelho, pai do primeiro-ministro e ex-dirigente do PSD, antes de o filho assumir a liderança do Executivo. “Vais-te lixar”, vaticinou, avisando, na altura que “toda esta gente que está aqui vai vaiar-te. Agora estão aqui todos contigo, mas daqui a um ano vão vaiar-te”.

Ora, Passos Coelho pai adivinhou o que se viria a confirmar, agora mais do que nunca, garantindo que o seu filho “é um tipo sério, não anda lá para se governar”. António certifica também que o primeiro-ministro está consciente das dificuldades impostas aos portugueses. “Julgam que o meu filho não sabe? Coitado, sabe Deus o que ele passa”.

E, nesta senda, o médico reformado salienta: “O meu filho está morto por se ver livre disto”, acrescentando que a família fará “uma festa” quando Passos abandonar o cargo.

António Passos Coelho anteviu o que esperaria o seu filho e prevê agora que o Executivo irá perder as eleições “porque estes desígnios da austeridade são tramados”. Aliás, o próprio assinala que qualquer dia não sabe como vai “viver. “Vivo da reforma e a cortar, a cortar, não sei como vou viver”, concretiza em declarações ao i.

Ainda assim, realça o médico aposentado, “não há dúvidas de que temos de fazer sacrifícios, temos de viver em austeridade, não há volta a dar”.

Relativamente ao ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS, Paulo Portas, o pai do chefe de Governo diz que “é um moço inteligente, um moço sobredotado”. Já sobre o secretário-geral do PS, António José Seguro, comenta que o mesmo se tem esforçado para ultrapassar “um problema chato” e que “agradar a Deus e ao Diabo é difícil”.

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