Melhorias são "muito ligeiras". É essencial renegociar a dívida
A Comissão Nacional do Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) considerou hoje que a economia portuguesa registou melhorias "muito ligeiras" e insistiu que é essencial uma renegociação da dívida, "sem a qual o país não sai da cepa torta".
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Política Verdes
Em declarações à agência, a dirigente do PEV Manuela Cunha disse que esta foi uma das conclusões da Comissão Nacional deste partido, que se reuniu hoje simbolicamente no dia em que passam seis anos do acidente nuclear de Fukushima, reafirmando a sua oposição à energia nuclear.
De acordo com Manuela Cunha, "Os Verdes" têm "preocupações em relação à atividade económica" do país, porque entendem que se registaram "ligeiras melhorias", mas "de facto muito ligeiras", e que as medidas tomadas, nomeadamente de reposição de rendimentos, "não chegam para reativar a economia".
"O mundo empresarial não reativou, continua a sofrer grandes problemas, e os efeitos do turismo podem ser muito esporádicos, e têm também alguns impactos negativos", sustentou.
O PEV defende que é necessário "mais investimento na economia" e que isso implica "uma renegociação da dívida, sem a qual o país não sai da cepa torta", acrescentou Manuela Cunha, lamentando a posição do PS em relação a esta matéria: "Mantém-se demasiado preso a esta condicionante, que está a empatar o país".
Manuela Cunha transmitiu também à agência Lusa a oposição do PEV ao "pacote da transparência" que o Governo vai levar à Assembleia da República, contestando "a municipalização de um conjunto de funções do Estado que o Governo está a 'chutar' para as autarquias".
Segundo a dirigente do PEV, esta "municipalização" terá implicações negativas na educação, saúde e cultura, e "tudo indica que o Governo quer seguir pelo mesmo caminho em matéria de conservação da natureza, com projetos piloto", o que rejeitou.
Relativamente ao sistema financeiro, "Os Verdes" reiteraram a defesa de uma "maior intervenção do Estado na atividade bancária, com mais banca pública", e o apoio à criação de "uma entidade verdadeiramente independente" de supervisão.
Em relação ao nuclear, Manuela Cunha salientou a campanha lançada esta semana pelo PEV, "exigindo do Governo uma clarificação da sua posição, contra a continuação da licença de funcionamento da central de Almaraz e a possível construção de um armazém de resíduos".
Essa campanha, que consistiu na recolha de assinaturas em postais dirigidos aos líderes dos governos português e espanhol, nos distritos banhados pelo Tejo, teve "uma grande adesão", disse.
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