Djisselbloem? "Foi um erro de casting"
Afirmações polémicas do presidente do Eurogrupo continuam a dar que falar. Desta vez, é Edite Estrela quem se manifesta contra as afirmações de Djisselbloem.
© Global Imagens
Política Edite Estrela
Edite Estrela considera que Djisselbloem não tem condições para se manter no cargo de presidente do Eurogrupo, depois das afirmações que proferiu sobre os países do sul da Europa.
"Não se pode gastar dinheiro em mulheres e álcool e depois pedir ajuda", foi esta a afirmação que criou a polémica e que levou a manifestações de desapreço por parte de António Costa e Augusto Santos Silva, em Portugal.
Para Edite Estrela, “as afirmações de Djisselbloem não ofendem apenas as mulheres, são um ultraje para os cidadãos europeus, porque põem em causa os valores fundadores da União Europeia e representam um retrocesso civilizacional”.
Num artigo publicado no site Ação Socialista, diz a deputada que “quem tem uma conceção machista da sociedade e considera que o poder só pode ser exercido no masculino, não pode representar a União Europeia. Quem reduz a mulher a objeto transacionável para satisfação do homem e lhe nega a condição de sujeito é óbvio que não respeita os tratados europeus”.
Na senda dos vários pedidos de afastamento e da recusa por parte de Djisselbloem, a socialista considera que o holandês “não tem sequer a noção da gravidade do que disse, prova de que não tem bom senso nem bom gosto”.
“Se fosse um político com sentido de oportunidade (já se percebeu que não sabe o que sentido de Estado quer dizer), guardava reserva verbal e procurava sair do cargo, com discrição e dignidade, pela porta da frente. Pelos vistos é como o escorpião, é da sua natureza dizer disparates mesmo que eles façam ricochete e o atinjam mortalmente”, atirou, acrescentando ainda que Djisselbloem “cedo revelou não ter perfil político para o desempenho de cargo europeu. Foi um erro de casting. O que a Europa precisa é de lideranças fortes e respeitadas. Estamos fartos de aturar os despautérios de gente inepta e de casos deploráveis”.
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