Assembleia da República condena declarações do presidente do Eurogrupo
Cinco dos sete partidos com assento parlamentar apresentam hoje votos de condenação das declarações do presidente do Eurogrupo, o holandês Jeroen Dijsselbloem, sobre a Europa do sul, pedindo a sua demissão do cargo.
© Global Imagens
Política Dijsselbloem
Também na reunião plenária desta manhã deve ser aprovado um voto de pesar, consensualizado entre o presidente da Assembleia da República e as bancadas parlamentares, pelos mortos no atentado terrorista de quarta-feira junto ao parlamento britânico, em Londres.
No voto de condenação das declarações do presidente do Eurogrupo apresentado pelo BE é exigida a "imediata retratação" do ainda ministro das Finanças da Holanda, que, numa entrevista publicada segunda-feira no jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, afirmou que "não se pode gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e depois pedir ajuda".
Para os bloquistas as "afirmações xenófobas e sexistas são inaceitáveis e um insulto a todos os cidadãos do sul da Europa" por parte do membro do Partido Trabalhista holandês.
O CDS-PP também exige a demissão do presidente do Eurogrupo pelas suas declarações "inaceitáveis", que contêm "um preconceito de quem acha que os países do Sul trabalham pouco".
O voto de condenação do PSD considera as palavras de Dijsselbloem "incompatíveis com a permanência" no posto, enquanto o PS exige um pedido de "desculpas público" ao próprio e ao Governo holandês.
O PCP apresentou um voto de protesto e repúdio contra as polémicas declarações, mas também face às ameaças de sanções pelas instituições europeias.
Apenas o PEV e o deputado único do PAN não apresentaram textos sobre o assunto, mas já manifestaram a intenção de votar favoravelmente as iniciativas em causa.
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