Direita não perdoa "ajoelhar" de Costa. Ministro paraplégico em causa

"Os ministros portugueses que se ajoelhavam aos seus colegas". Tudo começou com esta frase de Costa.

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Inês André de Figueiredo
12/04/2017 22:34 ‧ 12/04/2017 por Inês André de Figueiredo

Política

Debate quinzenal

No debate quinzenal desta quarta-feira, António Costa respondeu a Luís Montenegro, quando este o questionou sobre o facto de o secretário de Estado Mourinho Félix não ter pedido oficialmente a demissão de Dijsselbloem, e a resposta do primeiro-ministro criou uma onda de indignação nas redes sociais à Direita.

O chefe de Executivo lembrou os tempos em que "os ministros portugueses se ajoelhavam aos seus colegas" nas reuniões da União Europeia e a Direita levou a mal, garantindo que Costa se referia à fotografia em que, em 2012, Vítor Gaspar se encontrava numa posição rebaixada em relação ao ministro das Finanças alemão, que é paraplégico.

“A Esquerda sem escrúpulos explora esta foto há anos jurando que representa a reverência do anterior Governo à Alemanha. Hoje, António Costa chafurdou na mesma lama durante o debate quinzenal”, escreveu o deputado Carlos Abreu Amorim, juntamente com a fotografia em causa.

“Gostaria de saber como é que esta gente fala com quem precisa de cadeira de rodas: içam a pessoa pelos colarinhos para não se ‘vergarem’? Sinceramente, se queriam defender a figurinha indefensável que Mourinho Felix fez ao tremelicar diante do holandês poderiam ter engendrado uma coisa mais apropriada...”, completa o social-democrata através de duras críticas.

Poiares Maduro também surgiu em defesa do governo em que foi ministro. “Acabei de ouvir o primeiro-ministro de Portugal usar a deficiência física de um ministro de outro estado-membro para fazer um número político. Se um ministro português se baixou ("ajoelhou") para falar com um colega que devido à paralisia deste o obrigar a usar cadeira de rodas isso devia ser louvado e não instrumentalizado politicamente”, escreveu.

O ex-ministro utiliza ainda a palavra “ignóbil” para descrever a situação. “Não há outra palavra que possa descrever isto. É inaceitável num país que quer preservar o mínimo de decência na política!”.

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