PS 'chumba' candidatura de Teresa Morais para fiscalização "secretas"
O PS decidiu hoje 'chumbar' a candidatura da vice-presidente do PSD Teresa Morais para substituir o antigo dirigente social-democrata Paulo Mota Pinto na presidência do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP).
© Teresa Morais
Política CFSIRP
Esta posição foi transmitida à Agência Lusa por fonte da direção da bancada socialista, após a reunião semanal de hoje do grupo parlamentar do PS.
"O PS decidiu manifestar a sua indisponibilidade para apoiar a candidatura proposta pelo PSD. O PS não subscreverá essa candidatura", referiu a mesma fonte socialista em relação ao processo de aprovação do novo presidente do Conselho de Fiscalização das (secretas), que exige uma maioria de dois terços no parlamento.
Em declarações à Lusa, na terça-feira, o líder do grupo parlamentar socialista, Carlos César, já tinha sinalizado não subscrever a proposta que lhe foi feita pelo seu homólogo do PSD, Luís Montenegro, por entender que havia o risco de o nome proposto "não ser aceite pelo grupo parlamentar" socialista e gerar-se um impasse semelhante ao da primeira eleição de Correia de Campos para o Conselho Económico e Social (CES).
Nessa eleição, em julho do ano passado, apesar de haver um acordo entre PSD e PS acerca da eleição para o CES, Correia de Campos falhou a eleição à primeira quando, entre os 221 deputados que votaram, obteve apenas 105 votos a favor, registando-se 93 brancos e 23 nulos, e só viria a ser eleito num segundo momento, em outubro.
"O PS assume as suas responsabilidades, não posso dizer que sim a algo que o grupo parlamentar dirá que não", justificou na passada terça-feira Carlos César, que, semanas antes, tinha manifestado a sua disponibilidade para apoiar uma recandidatura à presidência do Conselho de Fiscalização das "secretas" de Paulo Mota Pinto, antigo juiz do Tribunal Constitucional e vice-presidente do PSD sob a liderança de Manuela Ferreira Leite.
A eleição de um membro para o CFSIRP estava inicialmente marcada para hoje, o que já não acontecerá.
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