"Não vivo presa ao passado. Arrumei as presidenciais na minha cabeça"
Depois das eleições presidenciais, pouco ou nada se ouviu falar de Maria de Belém. A socialista garante que "não tem parado" e que, apesar de ter abandonado os palcos mediáticos, não se afastou do PS.
© Global Imagens
Política Maria de Belém
Maria de Belém, que se afastou dos palcos mediáticos depois das últimas eleições presidenciais, deu uma curta entrevista à SIC Notícias, onde assumiu que sentiu necessidade de se resguardar depois das eleições.
"Sim, é natural. Tive muita exposição pública. Gosto de estar mais tranquila a desenvolver as atividades que são muitas. Não tenho parado", disse na antena da estação, sublinhando que "nem sempre" trabalhar "significa estar na vida mediática".
Questionada sobre se o afastamento se prendeu ao mau resultado eleitoral, Maria de Belém respondeu: "Não propriamente. Não tenho necessidade, nas atividades que faço, de dar explicações públicas sobre o que faço. Há um tempo para tudo. Há um tempo para intervir ativamente e depois há outro para desenvolver atividades que continuam a ser de enorme impato público-social", explicou a socialista, garantindo que as presidenciais são um assunto arrumado.
Sem se alongar naquilo que foi a campanha eleitoral, uma campanha que apelidou de negra numa outra entrevista, Maria de Belém limitou-se a dizer que "toda a gente percebeu bem aquilo que se passou", frisando que foi "visível" que foi escolhida como um alvo a "atacar". Contudo, garantiu: "Não vivo presa ao passado. É tempo de partir para outros desafios".
Relativamente aos apoios que teve do PS, em comparação com os que teve Sampaio da Nóvoa, a socialista preferiu salientar que "felizmente, muitas pessoas e pessoas com grande história no PS" a apoiaram. "Senti-me bem. O que poderia ser negativo era fazer alguma coisa na campanha que fosse incómoda para mim. Não o fiz. desenvolvi as minhas ideias e cumpri o meu papel. Arrumei as presidenciais na minha cabeça", vincou. O que não está resolvido, referiu, são as contas das presidenciais. "São um problema meu, que se resolve pessoalmente, com o contributo de muitos", revelou.
Já no que toca à sua relação com António Costa e com o PS, destacou que é uma "relação narural e normal, sempre", lembrando que continua a fazer parte da comissão política do partido. Não descarta a hipótese de, no caso de lhe ser proposto um "projeto em que se considere útil", o aceitar. No entanto, "os cargos estão ocupados e bem ocupados", disse, fazendo sobressair que nunca foi sua vontade "ocupar este ou aquele lugar".
Sobre a solução de Governo de António Costa considerou que "está a servir muito bem o país". "Foi uma solução engenhosa. Sempre considerei que é fundamental buscar as alianças que estão dispostas a sustentar os objetivos nacionais", concluiu.
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