Partido de Macron conquista maioria absoluta nas eleições francesas
O partido do Presidente francês, Emmanuel Macron, terá obtido hoje a maioria absoluta, entre 355 e 425 assentos, num total de 577, segundo as sondagens à boca da urna.
© Lusa
Política Projeções
A abstenção atinge mais de 56%, um recorde para uma segunda volta das legislativas.
O partido de direita Os Republicanos terá obtido 97 a 130 lugares e o Partido Socialista entre 27 e 49, enquanto a extrema direita garantiu a eleição de quatro a oito deputados e a esquerda radical (França Insubmissa e Partido Comunista) um total de 10 a 30 assentos.
Segundo as estimativas de várias sondagens divulgadas às 20:00 (19:00 em Lisboa), hora de encerramento das urnas, o partido República em Marcha!, do presidente Macron, e o seu aliado MoDem reúnem 355 a 425 deputados em 577, largamente acima do necessário para a maioria absoluta (289 assentos parlamentares).
Desconhecido ainda há três anos, eleito Presidente aos 39 anos contra pesos pesados da política francesa, o mais jovem Presidente da República francesa ganhou o seu último desafio: controlar a Assembleia Nacional para lançar delicadas reformas de inspiração liberal-social e reforçar a sua posição ao nível europeu.
Mas se a vitória é esmagadora, a abstenção, que se estima que ultrapasse os 56%, segundo várias empresas de sondagens, atingiu novamente um recorde para uma eleição legislativa.
A vitória anunciada do partido do Presidente, a longa maratona eleitoral iniciada em outubro, com as primárias da direita, e um desinteresse crescente pela política poderão explicar a elevada abstenção.
Ainda assim, o movimento A República em Marcha varreu os partidos tradicionais de direita e de esquerda que estruturam a vida política francesa há décadas.
Muito atrás do partido vencedor, Os Republicanos (direita) e os seus aliados centristas obtêm entre 97 e 130 assentos, abaixo das previsões após a primeira volta, depois da campanha ficar marcada por escândalos envolvendo o candidato presidencial.
À esquerda, o Partido Socialista, que controlava metade da Assembleia cessante, ficou reduzido a entre 46 e 50 deputados.
A única consolação é que o PS se mantém a principal força de esquerda, à frente da esquerda radical, que reúne 28 a 30 lugares no parlamento.
A extrema direita da Frente Nacional obtém entre quatro e oito lugares, contra dois em 2012, com a sua líder, a candidata presidencial Marine Le Pen a conquistar pela primeira vez um assento na Assembleia nacional francesa, após uma primeira tentativa nas legislativas de 2012.
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