PSD aponta "descontrolo" nas despesas com subsídios de doença
O PSD manifestou-se hoje apreensivo com o "descontrolo" na despesa com subsídios de doença na Segurança Social, suspeitando que uma diminuição da fiscalização esteja na origem de gastos muito superiores às previsões orçamentais do Governo.
© Global Imagens
Política Adão Silva
Esta posição foi transmitida à agência Lusa pelo vice-presidente da bancada social-democrata Adão Silva, que apontou o resultado de as despesas registadas com subsídios de doença no final do primeiro semestre deste ano terem já ultrapassado em 20% o valor orçamentado, quando o Governo até previa um decréscimo na ordem dos 6%.
Adão Silva disse que o Grupo Parlamentar do PSD vai avançar já com uma pergunta formal sobre esta situação "de descontrolo" dirigida à secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim.
"O subsídio de doença é uma prestação da Segurança Social da maior importância, porque é dinheiro de nós todos que é dado a cidadãos que precisam quando se encontram numa situação de baixa médica. Queremos que este dinheiro seja atribuído com rigor, com transparência e com justiça, dando-o a quem realmente precisa", referiu o deputado social-democrata.
Ora, segundo o dirigente da bancada social-democrata, verificou-se já em 2016 e agora, no primeiro semestre deste ano, que "a despesa com subsídio de doença está descontrolada".
"Em 2016 houve já um aumento extraordinário de despesa de mais de 70 milhões de euros, mais 18%, em relação à dotação inicial orçamentada pelo Governo. Agora, em junho de 2017, voltamos a assistir a uma tendência de descontrolo, porque em vez de uma redução da despesa em 6%, como previa o Governo, verifica-se um aumento de mais 20%", declarou Adão Silva.
Adão Silva referiu depois que a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, apesar de ter sido avisada pelo PSD "em devido tempo", "nada corrigiu e as contas estão descontroladas".
"O Governo tem de dizer rapidamente o que está a causar esta situação de descontrolo e como vai corrigi-la, porque o dinheiro não pode ir para pessoas que não precisam. O ano passado foram mais 70 milhões de euros de desvio e, em 2017, até pode atingir os 80 ou 90 milhões de euros, o que é inaceitável", considerou o vice-presidente da bancada social-democrata.
Interrogado sobre as possíveis causas desse desvio orçamental, o antigo secretário de Estado social-democrata admitiu que, "seguramente, estará a haver uma diminuição da fiscalização por parte do Governo".
"Isto não pode acontecer. O PSD apela ao Governo para que, com justiça, rigor e transparência, olhe para o subsídio de doença e acabe com estas situações, porque é dinheiro de todos", acrescentou.
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