PSD/Porto acusa Costa de ser "conivente" com "promessas irrealizáveis"
A Distrital do PSD/Porto acusou hoje António Costa de, ora como primeiro-ministro ora como líder do PS, ser "conivente" com "promessas irrealizáveis" feitas no distrito, em ações de promoção de candidatos do partido às autárquicas.
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Política Distrito
Num comunicado intitulado "O distrito do Porto não é palco de promessas", o PSD Porto denuncia ao longo de cinco páginas as "várias promessas induzidas" e as "omissões" que, dizem, António Costa "deixou cair no distrito" em ações de promoção de candidatos às eleições autárquicas, referindo-se especificamente ao fim de semana de 15 e 16 de julho, e elencando uma "lista de promessas e inconsistências concentradas em 48 horas".
A primeira acusação que a Comissão Distrital do PSD/Porto lança a António Costa é de ter "apadrinhado", sob o "manto de secretário-Geral do PS", a promessa do candidato do PS à Câmara Municipal do Porto, Manuel Pizarro, de disponibilizar "3 mil casas ao concelho".
O PSD/Porto aponta depois acusações para o facto de "há cerca de dois anos", António Costa ter prometido "integrar cada um dos 116 mil trabalhadores que trabalham no Estado com vínculos precários.
"Hoje sabemos que, ao invés de combater a precariedade e integrar, aumentou a precariedade esquecendo (e enganando) cada um desses 116 mil trabalhadores. Desde o primeiro dia de Governo, até 31 de março de 2017, António Costa criou mais 16.462 trabalhadores precários no Estado", acrescenta o comunicado.
As acusações a António Costa continuam nos parágrafos seguintes agora no campo da Educação, área em que o PSD diz estar "profundamente preocupado" com o início do próximo ano letivo por causa do "grave problema dos assistentes operacionais nas escolas".
"Dos 3.370 funcionários em falta nas escolas, o Ministério da Educação apenas autorizou a contratação de apenas 300, mantendo-se os graves constrangimentos de funcionamento das escolas", alertam os sociais-democratas.
O Governo anda há mais de oito meses a anunciar a revisão da portaria que define os rácios do pessoal não docente mas, até à data, não apresentou qualquer proposta.
As críticas continuam, mas agora apontadas ao setor das infraestruturas, referindo que o panorama é de "adiamento e de agenda eleitoral", sublinhando que dos dois milhões de euros previstos no programa Ferrovia 2020 "anunciados pelo ministro há 17 meses", apenas "10% estão a avançar".
"O recorrente atraso das obras na linha do Douro, no troço Caíde--Marco, é a maior mostra de desorientação governativa e de desconsideração para com o Norte e o distrito do Porto".
No domínio da saúde, o PSD/Porto classifica a situação de "gravíssima" no que respeita à falta de médicos de Saúde Pública, ao envelhecimento dos atuais profissionais da especialidade e ao facto de não terem conhecimento sobre os anúncios de "grandes investimentos" que foram feitos no início do ano pela Administração Regional de Saúde do Norte no Serviço de Urgência das unidades hospitalares de Santo António.
Ainda no campo da Saúde, a Comissão Distrital do PSD/Porto diz "desconhecer qualquer evolução" sobre o anúncio feito de que haveria uma "cobertura total" de médicos de família nas unidades de saúde.
Em matéria de descentralização, o PSD/Porto aponta também críticas a António Costa, afirmando que prometeu "dar mais competências às câmaras", sem ter arriscado " enunciar qualquer dessas competências", acrescentando que em matéria de descentralização "tem tanto de apregoada quanto esquecida".
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