O concelho de Loures continua a agitar o debate das eleições autárquicas. Depois de André Ventura e a polémica com os ciganos, Sónia Paixão surgiu a dizer que poderia fazer coligação com o PSD, uma declaração avançada ao Observador e que depois a candidata veio esclarecer.
Neste âmbito, o Bloco de Esquerda, que sempre sugeriu uma ‘mini-Geringonça’ no concelho de Loures, reiterou que “nunca convidará o PSD a integrar um executivo, nem na Câmara nem em nenhuma Junta de Freguesia, nem participará de nenhum executivo com o PSD”.
“O Bloco de Esquerda lançou um desafio para que a Esquerda, desde o início, rejeitasse qualquer tipo de colaboração com o PSD e com André Ventura, ou seja, que num futuro executivo o PSD não fizesse parte, que a Esquerda desse um sinal claro de que necessita no concelho de Loures de uma cura de oposição”, argumentou Fabien Figueiredo em declarações ao Notícias ao Minuto.
Na opinião do candidato do Bloco a Loures, “não é sério governar com quem tem uma visão da sociedade, da economia, do ambiente, dos transportes públicos oposta dos ideais que unem e compõem a Esquerda portuguesa”.
Nesta senda, Fabian Figueiredo continua a insistir que Loures precisa de uma força unida à Esquerda e que a polémica em torno de Sónia Paixão só veio “lançar a confusão”. “Ficou apreendido por parte dos eleitores do concelho de Loures que o PS estaria disponível para integrar André Ventura no seu executivo”, frisou, o que não acontecia se tivesse havido um ‘sim’ à Esquerda.
“Se desde início todos tivéssemos sido claros como o Bloco de Esquerda foi, esta polémica nunca teria tido lugar, ou seja, nenhuma metáfora poderia alterar a orientação de nenhum partido”, esclareceu.
Por outro lado, o esclarecimento do PS deixa o Bloco “apreensivo porque parece que a tendência que o PS escolheu foi de auto-suficiência”.
“A expectativa dos eleitores do concelho é que nasça uma solução política dialogante à Esquerda. O Bloco tem uma alternativa de governo para o concelho de Loures, cabe aos eleitores escolher quem é a equipa mais preparada. O nosso diálogo será sempre no campo da Esquerda e não no campo da Direita”, concluiu o bloquista.