"Cavaco não pode ter opinião? Tem de ser logo o que 'precisa de palco'?"
O líder do Partido Social Democrata, Pedro Passos Coelho, centrou parte do seu discurso naquilo que considera terem sido reações "intolerantes" e "incompreensíveis" à intervenção de Cavaco Silva na Universidade de Verão do partido.
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Política Pedro Passos Coelho
Pedro Passos Coelho atacou, no discurso de encerramento da Universidade de Verão da JSD, aqueles que 'caíram em cima' de Cavaco Silva, por este ter "exprimido a sua opinião", a "sua visão crítica da política". "O doutor Cavaco Silva não tem direito a exprimir a sua opinião?", perguntou. O líder social-democrata considerou as "muitas reações" às intervenções feitas na Universidade de Verão do partido "intolerantes e incompreensíveis nos tempos em que vivemos".
"Como é que é possível que alguém possa indignar-se por um ex-Presidente da República (PR) que só foi Presidente durante dez anos, 1º ministro outros 10 (...) quando resolveu, dentro do seu exercício cívico, analisar a situação portuguesa e europeia e a sua visão crítica da política?", questionou Passos Coelho, dirigindo farpas especificamente a António Costa que afirmou que Cavaco tinha "saudades do palco".
"Se o fizer [expressar a sua opinião], Cavaco Silva tem de ser logo o ressabiado, aquele que precisa de palco", lamentou, prosseguindo no mesmo tema.
"Não podem tomar o que disse pelo valor do que disse e contraditá-lo se acharem que o que disse não merece a sua concordância? Porque procura-se desqualificar a pessoa, como se não tivesse direito à sua opinião, ainda para mais uma opinião bem fundamentada (...) Esta não é uma forma madura de discutir a política e viver a democracia", ajuízou.
"O mesmo que disse de Cavaco Silva podia ter dito do deputado Paulo Rangel que veio, e bem denunciar, a confusão que se faz na Geringonça entre o Estado Social e o 'estado salarial'. (...) Mas é verdade, sabemos que isto acontece. Esperávamos que a reacção pudesse basear-se nos factos. É muito mais fácil chamar mentiroso a alguém, do que desmontar a mentira, em particular quando ela corresponde à verdade. É muito difícil fazê-lo", considerou ainda.
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