"Nunca fomos invejosos com boas notícias mas quando chegamos eram más"
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, defendeu hoje que o partido nunca foi "invejoso com as boas notícias", justificando os constantes alertas que faz com a necessidade de olhar para lá do curto prazo.
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Política Passos
"Nunca fomos invejosos com as boas notícias, infelizmente quando chegámos chegamos ao Governo as notícias eram todas más. Claro que gostaríamos de ter sido nós a colher politicamente vários desses resultados, mas não somos invejosos porque trabalhámos sobretudo para o país", afirmou Passos Coelho, num almoço de apoio ao candidato autárquico do partido à Câmara de Marco de Canaveses, José Mota.
O líder social-democrata defendeu, por outro lado, que o PSD "nunca gostou de bajular" e que faz parte o seu papel como "maior partido português e maior partido da oposição" chamar a atenção para "o que se devia estar a fazer".
Passos Coelho - que chegou acompanhado do vice-presidente do PSD Marco António Costa - aproveitou estar numa sociedade agrícola produtora de vinho verde em Alpendurada, a Casa de Vilacetinho, para fazer uma metáfora vinícola, acusando o Governo de só pensar no curto prazo.
"Vamos ter boa colheita, bom vinhão, bom avesso, boa tudo, como se diz na minha terra? Mas se não queremos estar apenas à mercê do tempo é preciso ir preparando as coisas para que a cepa esteja sempre em bom estado e acrescentar alguma coisa na poda que se faz", defendeu.
Para Passos Coelho, o atual Governo apenas se preocupa em "reverter a austeridade", deixando para trás "medidas estruturais importantes"
"Tudo aquilo que possa trazer algum incómodo o Governo esconde, dissimula, desconversa, tudo aquilo que tem potencial para parecer positivo é vê-los a dar entrevistas, a desmultiplicar-se em deslocações, a fazer leilão a ver quem dá mais, quem pede mais na geringonça", criticou.
A nível local, o líder do PSD justificou a aposta no candidato autárquico José Mota, atual número dois do executivo liderado pelo social-democrata Manuel Moreira desde 2005 (impedido de se recandidatar devido à limitação de mandatos), salientando que o "futuro não se constrói apenas com gratidão, constrói-se com quem tem alguma coisa a acrescentar".
O candidato prometeu um grande apoio aos empresários da zona e bater-se por um acesso do município ao IC35.
"Precisamos de ter uma acessibilidade melhor para que sejamos mais competitivos no mercado internacional", defendeu.
Além de José Mota, são candidatos à Câmara do Marco de Canaveses Isabel Baldaia (CDU), Cristina Vieira (PS) e Paulo Teixeira (CDS).
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