"Não há final glorioso para este Governo"
O antigo ministro da Presidência do governo de José Sócrates, Pedro Silva Pereira, no habitual artigo de opinião de sexta-feira, no Diário Económico, satiriza a justificação que Pedro Passos Coelho deu ontem em Berlim para explicar a situação do País, tendo defendido que não acredita “que os portugueses não queiram ver o resto do filme”. De acordo com Silva Pereira, “este filme não vai ter um final feliz”.
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Política Pedro Silva Pereira
Pedro Silva Pereira, no artigo de opinião publicado hoje no Diário Económico (DE), referiu-se à declaração do primeiro-ministro para justificar, em Berlim, a instabilidade do país, na qual Pedro Passos Coelho defendia que os portugueses queriam ver o resto do filme.
Segundo Pedro Silva Pereira, Passos é o "principal protagonista de um filme deprimente, que só pode acabar mal".
Silva Pereira satirizou ainda o discurso de Vítor Gaspar, aquando o anúncio da demissão, o qual "Passos Coelho faria bem em ler com a devida alteração a longa e reveladora carta".
Com esta carta, Pedro Silva Pereira defende que o ex-ministro das Finanças percebeu que "não há final glorioso para este governo".
Num tom irónico, e cinematográfico, que segue a linha de linguagem de Passos Coelho, o antigo ministro da Presidência do governo de José Sócrates garantiu que "o que está no guião dos próximos capítulos é mais do mesmo: cortes nas pensões; despedimentos e cortes de salários na função pública; cortes nos serviços públicos e na protecção social".
A reforma do Estado, que está a ser levada pelo actual Governo vai levar ainda, no parecer do jurista, a "mais recessão e mais desemprego".
"Ninguém pediu para ver este filme. E muito menos disse que o queria ver até ao fim", concluiu.
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