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"CDS e Portas não são vítimas mas os causadores da crise"

O centrista Lobo Xavier manifestou-se, na SIC Notícias, muito crítico do “silêncio” do CDS perante a crise política em que o País se encontra. Lobo Xavier considera, por isso, que nem o partido, nem Paulo Portas, se podem apresentar como “vítimas” porque são “os causadores” desta situação.

"CDS e Portas não são vítimas mas os causadores da crise"
Notícias ao Minuto

12:00 - 05/07/13 por Ana Lemos

Política Lobo Xavier

“É muito difícil perceber que o partido das empresas, da iniciativa privada, da economia, esteja em silêncio (…) sem nenhuma declaração política forte durante uma crise destas”, afirmou o centrista Lobo Xavier no programa ‘Quadratura do Círculo’, transmitido ontem na SIC Notícias.

Lobo Xavier revelou-se “espantado de ver as primeiras coisas sobre o CDS nas palavras do primeiro-ministro”, sublinhando que face a este cenário, e ainda antes de ser noticiado que o XXV Congresso do CDS iria ser adiado, “a realização de um congresso é incompreensível”, dado que “não existe nenhuma solução governativa” e “não se sabe qual é o compromisso do partido com a estabilidade e uma solução para o País”.

O centrista lamentou ainda que “a única solução” que o CDS tenha seja “pôr o seu presidente demitido do Governo a negociar com o primeiro-ministro, em quem [Portas] diz não se poder ter confiança e de cuja competência ele duvida de uma forma absolutamente ostensiva”. O centrista concluiu, portanto, que o CDS “é um partido que não está preparado para uma solução”. Por esse motivo, acrescentou Lobo Xavier, “o CDS não pode apresentar-se como vítima, nem o Paulo Portas, porque são os causadores” desta situação de crise política.

Outro dos comentadores da ‘Quadratura do Círculo’, Pacheco Pereira reforçou que a solução passa por “eleições antecipadas”, sustentando que, a confirmar-se este cenário, quem as provocou “foi Paulo Portas, em primeiro lugar, e Passo Coelho, a seguir”.

Já António Costa afirmou que face a esta situação, “o Presidente da República não tem margem para nada” pelo que “fará o que os acontecimentos determinarem e o que for necessário”. O autarca socialista deixou ainda uma questão no ar: “Alguém acredita que com Portas no Governo, esse Executivo vai funcionar, que entre ele e Passos Coelho alguma vez vai existir uma relação mínima de confiança, de consideração mútua, que lhes permita funcionar?”.

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