Rui Rio oficializa candidatura. "PSD não é nem nunca será de Direita"

Antigo presidente da Câmara do Porto vai enfrentar Pedro Santana Lopes na liderança do PSD. Eleições diretas no partido estão marcadas para 13 de janeiro.

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© Tony Dias/Global Imagens

Pedro Bastos Reis
11/10/2017 18:42 ‧ 11/10/2017 por Pedro Bastos Reis

Política

Candidatura

O antigo presidente da Câmara Municipal do Porto Rui Rio vai mesmo avançar com a candidatura para a liderança do PSD. O anúncio foi feito esta quarta-feira, em Aveiro, numa sala composta por militantes do partido, que marcaram presença para demonstrar o seu apoio ao candidato. "É hora de agir", é o slogan de Rui Rio. 

O agora oficialmente candidato começou o seu discurso por justificar os motivos pelos quais não avançou antes para a liderança do partido, realçando que por duas vezes foi convidado a fazê-lo. No entanto, diz, “palavra dada é ser palavra honrada” e, devido ao seu "compromisso com os cidadãos", decidiu não avançar.

Agora, a situação é diferente e Rui Rio diz estar pronto a disputar a liderança do PSD e para “cumprir o dever”. "Se há coisa de que, hoje, a política precisa em Portugal é justamente de um banho de ética. Não pode valer tudo", realçou.

“Hoje, não tenho a minha palavra ética presa a qualquer compromisso. Posso decidir livremente. Hoje, estou disponível para estar com os dois pés no PSD e no país”.

“Por isso, aqui estou. Pronto para cumprir o meu dever de português, e pronto para a batalha que todos temos de travar por um PSD forte e por um PSD que Portugal tanto precisa”, sublinhou.

“PSD está numa situação particularmente difícil”

A entrada de Rui Rio na sala foi em apoteose. Os militantes presentes começaram a gritar pelo nome do candidato e do partido. Rui Rio correspondeu ao entusiasmo e discursou com várias interrupções dos presentes, que o aplaudiram diversas vezes.

Já depois de confirmar que vai mesmo avançar para a liderança do partido, Rui Rio falou sobre a atual situação do PSD, considerando que o partido “está numa situação particularmente difícil”, que "tem de ser combatida". 

Deixando uma palavra de conforto ao legado de Pedro Passos Coelho, Rui Rio começou a demarcar-se da atual linha ideológica do partido e foi perentório ao dizer que "o PSD não é um partido de Direita”. "[O PSD] É um partido do Centro, que vai do Centro-Direita ao Centro-Esquerda. Não é um partido de Direita, tal como alguns o têm tentado caracterizar. Não é, nem nunca será", reiterou. Para além disso, garantiu que, sob a sua liderança, o partido não será "uma muleta de poder".

Garantiu ainda que há espaço para todos no ‘seu’ PSD. “Num PSD por mim presidido não há ruturas geracionais. Todos somos importantes”. Depois, reiterou que o partido "tem de ter um novo rumo que leve a um renascer da confiança". 

Pela frente, Rui Rio terá, pelo menos, a candidatura de Pedro Santana Lopes. O antigo primeiro-ministro e atual provedor da Santa Casa da Misericórdia confirmou ontem na antena da SIC Notícias que é candidato à liderança do PSD.

Até ao momento, estes são os dois candidatos a disputar a liderança do maior partido da oposição. Luís Montenegro e Paulo Rangel, dois nomes bastante falados para suceder a Passos Coelho, confirmaram na semana passada que não estão na corrida. 

As eleições diretas no PSD estão marcadas para dia 13 de janeiro. Já o Congresso do partido, onde serão eleitos os órgãos nacionais, tem data marcada para os dias 16, 17 e 18 de fevereiro.

 

 

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