"A história é o que é". E revolução de 1917 "é uma das chaves do século"
O momento é também uma oportunidade para reflexão, salienta o deputado socialista.
© Global Imagens
Política Barbosa Ribeiro
Os 100 anos da Revolução de Outubro têm servido para recordar a história consoante perspetivas ideológicas.
Mas, como nota Tiago Barbosa Ribeiro, deputado do PS, “entre alocuções apologéticas e críticas anti-comunistas, há espaço para uma celebração simbólica e afectiva no campo das Esquerdas - porque a Revolução é património das Esquerdas - e há também espaço para uma fervilhante reflexividade (…). E é bom que assim seja”.
“A Revolução de Outubro, a 'mãe' das revoluções, foi objectivamente o acontecimento mais marcante do século XX”, escreveu nas redes sociais o deputado, sobre o evento cujo “impacto mudou a geopolítica da Humanidade” e que “foi um ‘game changer’ tão grande como a Revolução Francesa”.
Recordando outros episódios, na Rússia dos czares e não só, que antecederam o que viria a ser esta revolução, o deputado socialista salienta a curiosidade de ter sido “na Rússia dos czares, um império que então ocupava 1/6 do planeta, com uma população analfabeta e pobre” que “foi possível derrubar uma dinastia opressora com 300 anos e abalar os alicerces - políticos, sociais, económicos, militares - do mundo moderno”.
“Em pouco tempo”, escreve ainda, “a Rússia passou de um país-continente feudal para uma das maiores potências mundiais”.
“Não é possível postular como teria sido se Lenine não tivesse desaparecido precocemente ou se Trostky não tivesse sido assassinado”, salienta ainda.
Porém, “a história é o que é” e, “para lá de todas as disputas que o tempo presente ainda convoca, Outubro é uma das chaves do século XX e uma das marcas mais poderosas da história do movimento operário. Emancipadora, pois claro, no contexto que a permitiu e a consolidou. Celebre-se, pois”, conclui.
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