Abreu Amorim apoia Santana. "Rio e a sua comitiva não merecem ganhar PSD"
O social-democrata acusa figuras do partido, apoiantes de Rui Rio, de condenarem o então governo de Pedro Passos Coelho de "modo inusitadamente feroz" durante seis anos e meio.
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Política Diretas
O social-democrata Carlos Abreu Amorim declara o seu apoio a Santana Lopes na corrida pela liderança do PSD, considerando que Rui Rio “e a sua comitiva não merecem ganhar” o partido. Tal não representaria, sublinha, “o anunciado virar de página mas antes um lamentável regresso ao passado com muito pouco futuro”.
Numa publicação feita este domingo na sua página de Facebook, Abreu Amorim defende que uma candidatura a presidente do PSD “não é um caminho individual, isolado, que alguém percorre por si e para si”. É antes, aponta, “um percurso coletivo, uma soma amplificadora de muitos itinerários políticos com um protagonista principal”.
Neste sentido, o social-democrata declara o seu apoio a Santana Lopes. “Quando vejo os rostos mais marcantes dos apoiantes de Rui Rio só posso dar o meu apoio a Santana Lopes”, afirmou, explicando de seguida as suas razões.
Abreu Amorim recorda que lhe “custou” testemunhar nos últimos seis anos e meio o “tremendo esforço de Pedro Paços Coelho para reabilitar o país e o colocar no rumo certo” e, paralelamente, “muitas das figuras mais representativas que sempre acompanharam o ex-autarca do Porto (Rui Rio), e que agora o apoiam incondicionalmente, condenavam o nosso Governo de modo inusitadamente feroz”.
Durante esse período, prossegue, “nada do que Passos Coelho e o seu Governo dizia ou fazia conseguia merecer a simpatia mínima de Pacheco Pereira, de Manuela Ferreira Leite, de Silva Peneda, de Morais Sarmento, de Rodrigo Gonçalves ou de António Preto, entre tantos outros”.
“Até António Capucho, que chegou a apoiar publicamente o PS, sintomaticamente, anunciou a intenção de regressar ao PSD caso Rio e os seus vençam as Diretas!”, constata Amorim.
Em suma, de acordo com o seu entendimento, durante esse tempo “difícil” todas essas figuras “restaram no grau zero de solidariedade com a ação de Passos Coelho e muitos notabilizaram-se até pelos ataques pessoais e de caráter ao líder do PSD e àqueles que estavam ao seu lado”, acusa ainda Amorim, sublinhando que a candidatura de Rui Rio é e representa integralmente esta ‘entourage’ e vice-versa”.
E remata: “Rui Rio e esta sua comitiva não merecem ganhar o PSD - tal não constituiria o anunciado virar de página mas antes um lamentável regresso ao passado com muito pouco futuro”.
As diretas no PSD estão marcadas para o dia 13 de janeiro e colocam frente a frente o antigo autarca do Porto Rui Rio e o anterior presidente da Santa Casa da Misericórdia, Pedro Santana Lopes. As eleições no partido foram marcadas pelo Conselho Nacional depois de Pedro Passos Coelho ter decidido, após as eleições autárquicas, que não se recanditaria à liderança do PSD.
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