Vereadores do CDS em Lisboa querem recibos de vencimento eletrónicos
Os vereadores do CDS-PP na Câmara de Lisboa querem que seja cumprida uma moção aprovada em 2015 e que a autarquia comece a entregar os recibos de vencimento por via eletrónica e não em papel, como faz atualmente.
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Política Rendimentos
Numa moção que vão apresentar na reunião de quinta-feira da Câmara de Lisboa, os vereadores Assunção Cristas, João Gonçalves Pereira, Conceição Zagalo e Miguel Moreira da Silva frisam que a autarquia envia por ano mais de 120 mil recibos e envelopes em papel.
Em declarações à Lusa, o vereador João Gonçalves Pereira disse ser "absolutamente estranho como é que a Câmara de Lisboa não teve capacidade de poupar uma quantidade significativa de papel".
"Ao mesmo tempo que promove iniciativas como a Websummit, não dá o exemplo", afirmou o vereador centrista, acrescentando que "é nestes pequenos gestos também que se mudam mentalidades".
"Estamos na era digital, a própria Câmara tem de dar esse salto e não ficar agarrada ao papel", defendeu João Gonçalves Pereira.
Na moção, os vereadores do CDS-PP lembram que o papel é "um dos produtos de maior impacto ambiental e que o seu elevado consumo e os métodos de produção insustentáveis constituem uma das atividades humanas mais nocivas para o planeta".
A Câmara de Lisboa "deve, como maior autarquia do país, dar o exemplo concreto nas boas práticas de gestão e com as preocupações ambientais", acrescentam.
Além disso, consideram que o envio do recibo do vencimento por correio eletrónico é mais cómodo e simples para os funcionários.
Nesse sentido, defendem que a Câmara de Lisboa deve "envidar esforços" para dar cumprimento à moção aprovada "há dois anos e meio", passando a "folha de vencimento mensal e a declaração de rendimentos anual para efeitos de IRS a ser emitidas apenas eletronicamente para todos os trabalhadores que possuem e-mail"
João Gonçalves Pereira lamentou ainda à Lusa que a Câmara de Lisboa vá apresentar uma proposta para a aquisição de 10 viaturas pesadas para recolha de resíduos sólidos a gasóleo.
"Numa altura em que o município promove o ambiente, a pegada ecológica e as boas práticas, vem depois com uma proposta de adjudicação de camiões a gasóleo quando podiam ser a gás", frisou.
"Não se trata apenas de poluição ambiental, como também de poluição sonora. É um excesso de demagogia do eleitoralismo", disse o vereador.
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