Cavaco e partidos serão sancionados caso acordo falhe
O candidato social-democrata à Câmara de Lisboa, Fernando Seara, afirmou hoje que o Presidente da República, o PSD, CDS-PP e PS vão ser sancionados pelo eleitorado caso não se consiga um acordo entre os três partidos.
© Lusa
Política Fernando Seara
O Presidente da República propôs na quarta-feira, numa declaração ao país, um "compromisso de salvação nacional" entre PSD, PS e CDS-PP, que permita cumprir o programa de ajuda externa e que esse acordo preveja eleições antecipadas a partir de junho de 2014.
"Acredito que o acordo é necessário e acredito que quem não participar ativamente no acordo será sancionado pelo eleitorado", disse Fernando Seara aos jornalistas, à margem da apresentação da sua sede de candidatura em Lisboa.
O candidato do PSD defendeu que os principais partidos, mas principalmente os "a favor do euro" e que assinaram o memorando da 'troika', "têm de fazer todos os esforços para encontrar uma solução de consenso nacional".
"É evidente que cada um tem de ceder em alguns dos seus aspetos essenciais", alertou.
Para o ainda presidente da Câmara de Sintra, esta é "uma questão de responsabilidade" e "quem jogar no mero taticismo político é um político com pouco futuro, até porque o que importa em Portugal nos próximos tempos são situações de consolidação e não de conjunturas meramente taticistas".
Fernando Seara considerou que também Cavaco Silva "precisa de um consenso para não sair sancionado".
"O Presidente da República tanto arriscou que assumiu, ao nível do direito constitucional e da prática do direito constitucional e da ciência politica portuguesa, um protagonismo que sabe que ou o concretiza ou será sancionado", afirmou.
Na comunicação ao país, Cavaco Silva considerou também "extremamente negativo para o interesse nacional" a realização imediata de eleições legislativas antecipadas.
A declaração do chefe de Estado surgiu depois de ter ouvido todos os partidos com representação parlamentar e com os parceiros sociais, na sequência do pedido de demissão apresentado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, no dia 02 de julho.
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