"Eleições antecipadas levariam a segundo resgate"
O deputado social-democrata Miguel Frasquilho defendeu hoje que a convocação de eleições antecipadas poderia levar a um "segundo resgate" financeiro que faria perecer "uma brincadeira de crianças" os sacrifícios já feitos pelo país.
© Lusa
Política Frasquilho
"Temos um calendário que está marcado, não vejo neste momento razão para que esse calendário tenha que ser alterado. Acho que correríamos riscos sérios se assim acontecesse, nomeadamente um segundo resgate que faria com que tudo o que passámos até agora parecesse uma brincadeira de crianças. Isso seria dramático para todos os portugueses", afirmou Miguel Frasquilho.
O deputado do PSD intervinha num debate do American Club, num hotel de Lisboa, em que participaram também Nuno Magalhães, do CDS-PP, e João Galamba, do PS.
"Se não houver acordo, não penso que isso seja dramático, há uma maioria estável no Parlamento que pode evidentemente negociar dentro de quatro paredes com a ´troika' e fazer entender à ´troika' e aos parceiros europeus o que é que é preciso alterar", sustentou.
"Mas, evidentemente, se não houver acordo, essa decisão está nas mãos do senhor Presidente da República, que deve agir em consonância com o que defendeu no discurso da semana passada", acrescentou.
Miguel Frasquilho considerou "extraordinária" a ideia do Presidente da República, Cavaco Silva, de avançar como pilares do acordo entre PSD, CDS-PP e PS a marcação de eleições a partir de junho de 2014, escusando-se a desenvolver este seu comentário, mas defendeu que "teoricamente" o acordo seria benéfico.
Para o deputado do PSD é "extraordinariamente difícil" atingir-se um acordo entre PSD, CDS-PP e PS, mas "seria muito desejável".
O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, defendeu que seria "muito importante que houvesse acordo".
"Não dramatizo os riscos de não haver acordo, a democracia funcionará. Há uma solução de Governo que os dois partidos que compõem a maioria apresentaram ao senhor Presidente da República, poderá ser essa, poderá ser outra, os órgãos funcionarão", argumentou.
"É evidente que não havendo acordo pode daí resultar uma crise política, havendo uma crise política, juntando à já existente crise económica e crise social, é evidente que, de alguma forma, isso põe em causa os esforços feitos, as avaliações positivas e os financiamentos externos", sustentou.
Nuno Magalhães sublinhou que "nunca é bom juntar uma crise económica e financeira a uma crise política", que espera não veja a suceder, haja acordo ou não.
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