Deputado que aceitou integrar Raríssimas pede "cabal esclarecimento"
Ricardo Baptista Leite revelou que aceitou o cargo "há duas semanas", em regime pro bono, e que ainda nem sequer tomou posse.
© Global Imagens
Política R. Baptista Leite
Uma reportagem da TVI divulgada no último sábado colocou os holofotes sobre a Raríssimas e, em particular, sobre a ainda presidente da instituição.
O deputado do PSD Ricardo Baptista Leite reagiu à situação no Faebook confirmando que foi convidado para integrar a direção da Raríssimas, algo que adianta ter feito em regime pro bono, há cerca de duas semanas, não tendo ainda sequer tomado posse.
"Quem me conhece sabe que me dedico bastante às causas dos doentes - sempre a título pro bono, refira-se - quer como médico, quer como deputado", escreve o deputado no Facebook.
Ricardo Baptista Leite destaca o trabalho "notável" da organização, afirmando ainda que já teve "oportunidade de conhecer algumas daquelas crianças, cujas famílias devem estar tão ou mais alarmadas como todos nós".
"Aceitei fazer parte da direção há cerca de duas semanas e nem sequer tomei ainda posse. Neste momento, perante a gravidade das acusações exige-se um cabal esclarecimento. Em nome daquelas crianças e todas as pessoas que acreditam no trabalho meritório das ONGs", pode ler-se.
Ricardo Baptista Leite, cuja ligação à Raríssimas faz hoje manchete no jornal i, adiantou ao referido jornal que aceitou ser 'vice' na organização por confiar na presidente da associação. Em resposta a comentários na sua publicação no Facebook, o deputado social-democrata reafirma a necessidade de se investigar o caso.
A Raríssimas - Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras é uma instituição sem fins lucrativos direcionada para pessoas portadoras de doenças menos comuns. É uma organização financiada essencialmente com apoios públicos e donativos.
A reportagem da TVI levantou várias questões sobre os gastos da Raríssimas, em particular da presidente Paula Brito Costa, que alegadamente terá usado dinheiro da instituição para gastos pessoais, incluindo vestidos, compras de supermercado e num BMW topo de gama.
A associação reagiu entretanto afirmando que as informações eram descontextualizadas e dizendo-se vítima de "jornalismo de emboscada" e reservando para as 48 horas seguintes o seu direito de resposta.
Recorde-se que no final da reportagem surgem imagens que mostram a jornalista Ana Leal a tentar confrontar Paula Brito Costa, acompanhada por assessores, com questões sobre esta matéria. A presidente da organização, porém, opta por não dar a entrevista por não ter tido acesso prévio às questões.
Entretanto, a divulgação da reportagem já abriu caminho a uma investigação da Polícia Judiciária, segundo a própria TVI. O Governo já fez saber também que irá avaliar a situação e agir em conformidade.
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