"Estava tranquilo, continuo tranquilo", diz ministro à saída de audição
Vieira da Silva esteve esta tarde de segunda-feira no Parlamento para responder às questões do deputados sobre o caso Raríssimas. À saída revelou-se "tranquilo".
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Política Vieira da Silva
"Esta audição serviu para esclarecer as senhoras e senhores deputados e os portugueses de tudo o que foi sendo dito ao longo desta semana, julgo que esclareci tudo o que havia para esclarecer", começou por dizer Vieira da Silva aos jornalistas à saída da sua audição em sede parlamentar sobre o caso Raríssimas, que já levou à demissão do secretário de Estado da Saúde Manuel Delgado e da presidente da instituição Paula Brito e Costa.
“Antes estava tranquilo, continuo tranquilo”, acrescentou o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, tutela responsável pelas associações que prestam serviço social, como é o caso da Raríssimas - Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras.
"Não estou tranquilo com esta situação do ponto de vista da instituição em causa e da fragilização que constitui para aquelas respostas", completou.
"É a nossa prioridade, estamos a trabalhar nisso, temos lá gente todo o dia e toda a noite para que aquelas respostas que são dirigidas a pessoas muito frágeis, com problemas muito sérios não sejam postas em causa pela crise que se abriu", adiantou.
Questionado sobre a polémica carta que fora enviada seis meses antes da reportagem emitida pela TVI sobre o caso, e que, alegadamente, relatava as situações de ilegalidade, Vieira da Silva reiterou o seu desconhecimento. “Só tive conhecimento do anexo da carta que foi enviada depois da reportagem que foi feita pela TVI, não tinham nenhum conhecimento dessas observações que foram feitas”, afirmou, explicando que se tratava “do anúncio de uma demissão”.
“Não foi uma denúncia dirigida ao gabinete do ministro, ao gabinete do secretário de Estado ou ao Instituto de Segurança Social, se tivesse sido, teríamos feito uma intervenção”, sublinhou, acrescentando que a missiva está, neste momento, “incluída no processo que está a ser dirigido pela inspeção”.
Confrontando com a pergunta sobre se a sua posição sai fragilizada com este caso, o ministro diz que não. “Não acho que fique fragilizado, todos conhecemos a quantidade de personalidades publicas que se disponibilizaram, em determinados momentos, para contribuir para aquele projeto. Eu achei, em 2014, dado de se tratar num cargo não executivo, dados os nomes das pessoas que faziam parte, conhecendo o trabalho e natureza daquela instituição, que tinha o dever cívico de contribuir”, afirmou.
Questionado ainda sobre se sente que "mantém todas as condições para continuar à frente deste cargo e no Governo", Vieira da Silva respondeu sucintamente: "Obviamente que sinto".
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