Machete foi muito criticado por antigo embaixador dos EUA
Do currículo do novo ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, não consta a sua ligação ao BPN, mas também as duras críticas da diplomacia norte-americana de que foi alvo, aquando da sua gestão da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), escreve o Expresso.
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Política FLAD
O homem escolhido para ocupar o cargo deixado vago por Paulo Portas no ministério dos Negócios Estrangeiros foi alvo de duras críticas feitas pela diplomacia dos EUA, devido à forma como geriu a FLAD ao longo de duas décadas.
A informação foi revelada no espólio de 800 telegramas da embaixada norte-americana em Lisboa, que o próprio Expresso divulgou há dois anos, e que fazem parte do acervo de uma das maiores fugas de informação protagonizadas pelo Wikileaks.
O embaixador dos EUA em Portugal Thomas Stephenson enviou um relatório para Washington, em Dezembro de 2008, onde arrasava Rui Machete, acusando-o de ser "suspeito de atribuir bolsas para pagar favores políticos e manter a sua sinecura".
No mesmo telegrama, o diplomata norte-americano defendia: "Chegou a hora de decapitar Machete".
A justificação do embaixador passava pela fundação "continuar a gastar 46% do seu orçamento de funcionamento nos seus gabinetes luxuosos decorados com peças de arte, pessoal supérfluo, uma frota de BMW com motorista e 'custos administrativos e de pessoal' que incluem por vezes despesas de representação em roupas, empréstimos a baixos juros para os trabalhadores e honorários para o pessoal que participa nos próprios programas da FLAD", cita o Expresso.
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