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"António Costa só pode acender uma vela para a vitória de Rui Rio"

Francisco Louçã não vê ainda um vencedor claro nestas eleições à liderança do PSD, mas acredita saber quem seria o adversário mais benéfico para o PS.

"António Costa só pode acender uma vela para a vitória de Rui Rio"
Notícias ao Minuto

23:02 - 12/01/18 por Anabela de Sousa Dantas

Política Francisco Louçã

Francisco Louçã teceu algumas considerações, no seu espaço de comentário semanal na SIC Notícias, sobre que candidato à liderança do PSD seria o preferido para o governo, apontando Rui Rio como a possibilidade mais acertada.

“Nitidamente ele só pode preferir a vitória de Rui Rio”, arriscou o antigo líder do Bloco de Esquerda, afirmando que “Santana Lopes é aquele que mais facilmente é obrigado a caminhar pelo populismo mais imediato”, ao passo que “Rio colocou-se na corrida de uma forma mais aproximada ao diálogo com o Governo”.

“Se nas eleições [legislativas], elas forem disputadas por Santana Lopes, para o PSD a desculpa da derrota é sempre ‘acabou um período excecional’, ‘desviamos e houve aqui um erro de casting’. Se for com Rui Rio a disputa é com o PSD mesmo”, indicou Louçã.

O comentador refere, porém, que a razão que mais levará o PS a preferir Rui Rio é puramente política. “Para um PS que quer disputar mais a área do centro e encostar o PSD mais à direita, essa disputa mais estruturada com o PSD como ele é (ou seja, Rui Rio) é vantajoso para o PS, porque a vitória é muito mais impressiva sobre o futuro da evolução política”, avançou.

Excluindo qualquer interesse especial de Marcelo Rebelo de Sousa em qualquer uma das candidaturas, Louçã vinca que “António Costa só pode acender uma vela para a vitória de Rui Rio”, uma vez que, em caso de derrota daqui a dois anos, é o próprio PSD que é questionado e não o candidato, como seria no caso de Santana Lopes.

Sobre que candidato estará melhor posicionado para as eleições, que se realizam este sábado, Louçã diz que “não se sabe”. “Havia 20 mil militantes com capacidade eleitoral agora há 70 mil e 20 mil inscreveram-se no último dia em que isso era possível, não sabemos bem que inclinação é que há”, refere.

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